De Bike Pela Estrada Real – Dias #6 e #7: Gentileza gera gentileza

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Dia 06 – Pausa em Carrancas (MG)

Dia 07 – Carrancas (MG) – Traituba (MG) – Cruzília (MG)

Total: 73 km

Um dia sem pedalar e já estava sentindo falta. O descanso em Carrancas alimentou a alma. Domingo cedo, acordo, tomo um café reforçado e me jogo! Adeus cachoeiras! Adeus amigos! Vou-me embora para o sul!

O início da estrada é com bastante subida. O sol começa a arder e logo rola uma invejinha dos amigos que vão curtir um pouco mais das cachoeiras de Carrancas.

Como disse em um post anterior, tudo que sobe, desce. E começam as descidas. Puxa vida, como estamos alto! O visual das serras é deslumbrante.

Sigo para Traituba e de repente… Traituba é uma fazenda e não um vilarejo! Me informei errado sobre esse trajeto. Na programação que eu mesmo fiz estava que Traituba é uma fazenda, mas passou batido. Fui com a intenção de me alimentar em Traituba para depois seguir para Cruzília. Só tinha comigo, barrinhas de cereal…

Longo trecho não asfaltado da Estrada Real

Longo trecho não asfaltado da Estrada Real. Créditos: Rafael Barletta

A Fazenda de Traituba está na rota da Estrada Real por causa da sua importância histórica, arquitetônica e econômica, acredito eu… (Dizem que lá se desenvolveu a raça do Mangalarga Marchador). A Fazenda foi construída para hospedar o Imperador D. Pedro I no qual nunca tomou um cafezinho por lá…

Ao contrário de D. Pedro I, parei não para hospedar e nem para tomar um café porque não tinha, mas sim para conhecer aquela fazenda colonial gigantesca! Nunca vi uma fazenda tão grande assim. Fui entrando por um portão lateral e logo você se vê dentro de um pátio enorme, cercado por um longo muro cheio de cômodos.

Fiquei fascinado por alguns minutos e depois percebi um movimento de pessoas em um daqueles cômodos que cercavam como muro a fazenda. Pessoas guardavam coisas dentro de um carro e fui aproximando. Estavam quatro crianças, um casal de adultos e um adolescente. O ambiente parecia de um final de festa. Ao cumprimentá-los, perguntei se haveria algum lugar para comer por ali, mas a resposta foi não. Resmunguei com o “pai” sobre a falta de uma mercearia, bar, e ele concordou, mas nada de mais. Acho que já está acostumado com os sustos dos viajantes que passam por lá e não encontram nada para comer ou beber. (Mais tarde ele comprova isso…)

Fazenda ao longo da Estrada Real

Fazenda ao longo da Estrada Real. Créditos: Rafael Barletta

Ao me despedir, o “pai” oferece um copo de refrigerante, pão francês e vinagrete! No dia anterior à minha chegada, aquele cômodo serviu para celebrar a festa de aniversário de uma de suas filhas. Bebi um refri gelado, comi um pão, agradeci e me retirei para ver a Fazenda mais de perto.

Quando estava fazendo alguns registros vejo que o pai, a mãe e o adolescente carregavam um freezer! Quem já carregou um freezer sabe o tanto que isso pesa e logo me ofereci para ajuda-los. Tiramos a mãe e levamos nós três. O pai disse que o freezer ia lá para dentro da Fazenda. Meu Deus! Vou entrar na Fazenda! O pai era caseiro e o patrão autorizou a festinha de aniversário de sua filha. Ao abrir aquelas portas enormes, a surpresa veio em dobro. A Fazenda é maior ainda por dentro! Igual nos livros de História. Uma mesa de jantar na entrada que cabem umas 12 pessoas, pias de cobre, quartos e mais quartos… Não quis registrar a fazenda por dentro para não criar um mal estar entre o funcionário e seu patrão. Aquelas imagens ficarão pra sempre registradas em minha memória.

Ajuda feita, é hora de partir. Me despeço de todos e começo a virar a bike para a saída quando o pai me chama. Pede para eu esperar. Entra na Fazenda e logo retorna com duas garrafas de água mineral! “Toma! Da pra você carregar aí?!” Claro! Respondi. Água nunca é demais!

Sinto vergonha em batiza-lo aqui como “pai” porque esqueci o seu nome, rs. Ele agradeceu pela ajuda e quis contribuir o obrigado com as duas garrafinhas. Arrumei um jeito de guarda-las no alforje e quando fui sair ele completou: “Tá vendo aquela casa ali?” Apontando o indicador para fora dos muros da Fazenda. “É minha. Qualquer coisa que você precisar durante a viagem pode bater em minha porta”. Fiquei sem palavras!

A estrada para Cruzília varia entre subidas e descidas. Muitos pastos, criação de gado e plantações vão ficando para trás. A estrada está bem sinalizada.

Sombra feita na Estrada Real

Sombra feita na Estrada Real. Créditos: Adriano Castro

O trecho final até Cruzília é por asfalto (aproximadamente 6 km). Bom para descansar, pois esse dia foi bem longo.

Cruzília é bem simpática e está em festa. Final do feriado de Corpus Christi. Arraial, comidas típicas e frio. Muito Frio!

Amanhã o trajeto será Cruzília – Caxambu – São Lourenço. Conhecendo o Sul de Minas!

Até a próxima!


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Rafael Barletta

Possui bacharel e licenciatura em Geografia. Leciona para os ensinos médio e fundamental de escolas públicas e particulares. Gasta todo seu salário no mundo duas rodas e em viagens. Não dispensa um feriado.

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