A Flórida é um bom destino para nômades digitais?

Todo nômade digital ou viajante de longa data que faz do mundo seu escritório sabe que escolher o próximo destino não é uma tarefa realizada de olhos completamente fechados. É necessário, pelo menos, ter noção de que ele será um ambiente favorável às suas necessidades.

Já se sabe que os Estados Unidos são muito diferentes da Europa quando o assunto é mochilão. O transporte público é carente, os preços de hospedagem são elevados e as necessidades de comprovação de vínculo empregatício no país de origem podem ser elementos que dificultam a inclusão do país no roteiro de um nômade digital.

Por ter passado três meses na Flórida, resolvi deixar aqui minhas impressões: a Flórida é um bom destino para nômades digitais?

A internet na Flórida

Celular na areia

Celular na areia. Créditos: TheHilaryClark / Fonte: Pixabay

Você provavelmente imagina que cada “pixel” dos Estados Unidos é coberto por sinal de 4g. Ledo engano. Algumas cidades no território passam maus bocados para suprir a falta de sinal. Felizmente, nos principais destinos da Flórida não tive do que reclamar.

Sempre há um Starbucks na esquina! Em Miami, Sarasota e Tampa consegui cumprir o que precisava passando uma tarde inteira trabalhando em todos os hotéis, hostels e áreas de camping. Com relação ao fato de estar conectado, pode ficar tranquilo!

Hospedagem na Flórida

Um outro fator que um nômade digital considera é onde se hospedar. Caso tenha um orçamento restrito, será necessário recorrer às casas de temporada no Booking ou ao Craigslist para conseguir algo que caiba no bolso. Albergues e hotéis na Flórida cobram caro nas diárias e devem ser bem analisados. Acontece que alguns deles cujos preços eram acessíveis tinham localização ruim, e o transporte é outra questão importante a ser tratada.

Ao usar o Booking, lembre-se de configurar o filtro para selecionar quartos com laptop friendly workspace, isto é, que tenham um ambiente favorável ao uso de laptop. Além disso, vale a pena selecionar apenas propriedades com WiFi liberado. Assim você garante pelo menos que conseguirá trabalhar em casa se o dia não estiver propício a passeios. Lembre-se: chove muito na Flórida, assim como no Brasil, e será comum você passar muitas horas preso em casa.

Transporte na Flórida

Estrada que cruza o arquipélago das Florida Keys, Estados Unidos

Estrada que cruza o arquipélago das Florida Keys, Estados Unidos. Créditos: Gisele Rocha

Chegar aos Estados Unidos sem um plano de aluguel de veículos ou sem grana pra comprar uma lata velha que permita ao nômade digital se locomover é um grande erro. Ora, estamos falando de nomadismo digital, isto é, movimento! O transporte público na Flórida é muito fraco. É complicado conseguir ônibus interurbanos e até mesmo nas cidades tudo é muito afastado. Ruskin, cidade onde fiquei meus três primeiros meses na maior parte do tempo, exigia um carro pra qualquer coisa. Sem um veículo, precisaria andar 40 minutos até o mercado mais próximo, pra você ter ideia.

Vale ressaltar que o passaporte foi o único documento de identificação que me exigiram para comprar um carro nos Estados Unidos. Eu lidei diretamente com o vendedor, mas algumas revendedoras exigiam o social security number, algo como o “CPF” deles.

E para entrar nos Estados Unidos?

A todo nômade digital cabe estar inteiramente ligado à legislação de cada país em seu roteiro. Lembre-se: os Estados Unidos são o destino de vários imigrantes ilegais. Você deve ser o mais autêntico possível durante as entrevistas para obtenção do visto e para entrar no país. Seja honesto e não tente inventar provas de que você vai sair um dia. Se você é um nômade digital, cruzar fronteiras é algo com que você sabe lidar de forma natural e não haverá motivos para ficar nervoso.

Felizmente, a seu favor está um passaporte cheio de carimbos. Pelo que observamos, os agentes da imigração consideram a quantidade de países visitados ao verem os carimbos nas páginas. Já comentaram surpresos quando viram as páginas com carimbos do mundo todo, e isso não aconteceu apenas conosco, mas também com amigos. As chances de que você ficará ilegal no país quando seu histórico mostra que você não sossega quieto num lugar são menores.

Para complementar este tópico, você pode querer assistir a um vídeo.

Muita coisa muda de um estado para outro

A impressão que tenho dos Estados Unidos é que os estados na verdade são vários países falando a mesma língua. Muita coisa muda de um para o outro, das leis de trânsito aos hábitos, da receptibilidade à cultura. Natural para um país enorme como o nosso.

Por isso lembre-se de que estou falando da Flórida! Sobre nomadismo digital na Flórida! Se o seu destino está em algum outro estado, os preços de hospedagem, as regras de trânsito, a disponibilidade de transporte público, entre vários outros fatores, poderão ser muito diferentes.

Se eu recomendo a Flórida como destino a um nômade digital? Recomendo, e muito! Caso você tenha um plano para suprir as necessidades de locomoção, que, ao meu ver, são os maiores desafios, então você já tem um ponto a seu favor. Atravessar o estado carregando seu trabalho será feito de forma suave e natural. Por onde passei, conversas sobre nomadismo digital eram muito bem recebidas. Os moradores e prestadores de serviço que encontrei pelo caminho foram muito receptivos e a sensação de ser acolhido em um lugar é um ponto muito favorável a essa vida sem laços fixos com um único pedaço de chão.

Agora estamos de “mudança” para a Geórgia, mais precisamente para Atlanta. Se você gostou dessa análise específica de um estado dos Estados Unidos para o nomadismo digital, deixe seus comentários. Percebendo a utilidade do artigo poderei escrever também sobre outros estados.

Até a próxima!

A Flórida é um bom destino para nômades digitais?

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Adriano Castro

Formado em Ciência da Computação pela UFJF, trabalhou durante 10 anos como analista de sistemas até chutar o balde e tocar a vida como freelancer, carregando seus projetos para onde quer que vá.

12 pensou em “A Flórida é um bom destino para nômades digitais?

  1. Opa! Post de utilidade pública para nós viajantes! Amei as dicas porque em breve serei uma nômade digital! XD
    Boa jornada para vocês em Geórgia e depois conta tudo para gente! ♥

  2. Adorei o post, tenho muita vontade de ser nômade digital. Só estou esperando meu blog crescer mais um pouquinho. Parabéns pelo post. Vai ser minha inspiração.

  3. Post perfeito e cheio de dicas preciosas, eu bem que queria ser uma nômade digital, deve ser algo incrível poder andar pelo mundo trabalhando. Quem sabe um dia!

    1. O visto de turismo é válido por 10 anos, Alick. A permissão para ficar no país é de 6 meses, mas como fomos às Bahamas e voltamos depois para os Estados Unidos, ela se renovou. Há também a possibilidade de pedir a extensão da permanência, mas para nós não foi necessário.

      Consegui esclarecer à sua dúvida? Se precisar de mais alguma informação, conte conosco!

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