Marrakech, o Marrocos que você vê nos filmes

Meu primeiro mês de Marrocos vai chegando ao fim e acredito ter escolhido a cidade certa pra concluir esta etapa de minha viagem. Depois de conhecer Tânger, Chefchaouen e Asilah, pela primeira vez tive contato com os costumes marroquinos que estamos acostumados a ver em filmes.

Barracas no meio do deserto, longas planícies, sol escaldante e várias outras características do Marrocos tudo que estava em minha cabeça quando saí do Rio de Janeiro no dia 15 de outubro de 2014 foi encontrado aqui e eu lhe conto a partir de agora.

Como chegar

Já falei sobre as empresas de ônibus do Marrocos nos artigos anteriores, dos táxis compartilhados e em como passei por maus bocados neles. Mas desta vez acertei em cheio. Optei pelo trem noturno que vai de Tânger a Marrakech durante a madrugada. E foi uma experiência incrível.

Pra falar a verdade foi a primeira vez que fiz uma viagem longa de trem, então não há como não ficar empolgado com o conjunto de novidades envolvendo tanto a viagem em si como as paisagens que vi. Já começa com um clima nostálgico na estação de trem de Asilah, que lembra muito aquelas estações de trem do velho oeste que assistimos em vários filmes americanos. Eram 22:00 de um sábado chuvoso e não havia praticamente ninguém.

Como sugestão de hospedagem, indico o Riad Challa.

Estação de trem de Asilah, Marrocos
Estação de trem de Asilah, Marrocos. Créditos: Adriano Castro

Ao embarcar, pude escolher em qual banco eu iria deitar, pois havia vários lugares vagos. E se eu pagasse um pouco mais poderia ir de primeira classe, em camas! De qualquer forma, com tanto banco vazio não havia necessidade nenhuma de pagar mais caro por mais conforto.

O cansaço do dia me fez dormir nas primeiras horas, mas lá pras 3 da manhã eu estava desperto, olhando pela janela. Às vezes o trem passava por alguns vilarejos assustadores que pareciam cidades fantasmas. Outras vezes, como quando ele passou por Rabat, foi possível ver a modernidade da capital marroquina, que não é diferente de qualquer cidade grande do mundo.

Mas o melhor estava guardado para a manhã.

Quando o sol começou a nascer foi possível ver melhor por onde eu estava passando. As paisagens eram compostas de longas planícies com montanhas ao fundo. A cor laranja era predominante, com pequenos focos que se pareciam oásis e várias vilas pequenas circundadas de plantações de cactos. É uma pena estar chovendo tanto, pois as fotos não ficaram como eu queria que ficassem.

Cheguei em Marrakech pela manhã, após quase dez horas de trajeto. Foram muitas horas, mas horas extremamente confortáveis que valeram cada centavo dos 186 Dirhams pagos.

Tirando um cochilo no Midnight Train, de Asilha à Marrakech, Marrocos
Tirando um cochilo no Midnight Train, de Asilha à Marrakech, Marrocos. Créditos: Adriano Castro
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A noite em Marrakech

Sem sombra de dúvidas as noites de Marrakech são as mais agradáveis que presenciei até agora no Marrocos. Ainda na praça Praça Jemaa el-Fna, há uma infinidade de coisas pra fazer. Há vários carros vendendo sucos de laranja tradicionais a quatro Dirhams, vendedores ambulantes de sopas, artistas de rua (muitos) e várias outras atrações acontecendo simultaneamente.

Os músicos de rua fazem com que haja ritmo em todo o perímetro da praça, e olha que ela é gigante. O frio de dez graus que tem feito deixa tudo ainda mais agradável pois as sopas descem redondo e você acaba se sentindo obrigado a andar pra esquentar.

O dia em Marrakech

Confesso que ignorei todos os guias, livros e revistas que listam o que há pra fazer em Marrakech. Por isso você não vai encontrar neste artigo qualquer referência a pontos turísticos famosos na cidade. Optei por gastar meus poucos dias aqui explorando a Medina nos horários de almoço e acho que isso foi uma ótima opção. É todo mundo querendo vender tudo quanto é tipo de mercadoria, e quando descobrem que você é brasileiro eles fazem festa, sempre citando o Atlético Mineiro, que jogou no Marrocos pelo Mundial Interclubes em 2013.

Hoje resolvi sair com a minha camisa do Flamengo pra cair na pilha e é incrível como eles entendem de futebol. Praticamente todo mundo que me abordou na rua pra vender alguma coisa ou somente pra interagir já chegou falando: Brasil! Brasil! Mas confesso que me senti triste pelos dois marroquinos que olharam pra mim e disseram: Botafogo, ahn?

Rua da Medina de Marrakech, Marrocos
Rua da Medina de Marrakech, Marrocos. Créditos: Adriano Castro

E o que mais tem nesta cidade é brasileiro. Eita. Saia com uma camisa do Flamengo na rua pra você ver. Ou você é reconhecido com euforia por um brasileiro ou é insultado. Justo! A gente é chato mesmo. Ou você ama ou você odeia.

Mas é necessário tomar muito cuidado se você pretende andar pelas ruas da Medina de Marrakech por conta das motos. Chega a ser engraçado ver a velocidade que os motoristas passam pelas ruas estreitas e pelas pessoas. E quando você vê uma moto em sua direção, o que você pensa? Eu sou pedestre e tenho preferência. Bom, tenho que dizer a você: Aqui não! Se você não sair da frente eles passam por cima e ainda ficam estressados com você. Já cansei de ver moto esbarrando em pessoas… ontem mesmo presenciei uma criança sendo atropelada. Mas pela reação de raiva do piloto e da criança desesperada ao sair correndo depois de “cabecear” o farol da moto, acho que no fim das contas era ela a errada nessa história toda.

Mas amanhã já tem uma nova despedida

Bom, meu período em Marrakech foi muito curto e, trabalhando todos os dias, não pude explorar o que há em volta da Medina. É óbvio que há vários pontos turísticos que valem a pena ser visitados. Mas ainda assim confesso estar mais empolgado com o tour pelo Saara que farei na sexta-feira, durante três dias. Esse sim vai dar um artigo gordo que estarei escrevendo na próxima semana para o Viajei Bonito. Vai ser pra encerrar o Marrocos com chave de ouro.

Nos vemos então na próxima semana, caro leitor. Que venham as aldeias berberes, a Cordilheira do Atlas e as dunas do Saara!

Abraços marroquinos e até lá!

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Adriano Castro

Formado em Ciência da Computação pela UFJF, trabalhou durante 10 anos como analista de sistemas até chutar o balde e tocar a vida como freelancer, carregando seus projetos para onde quer que vá.

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