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Um roteiro diferente por Ouro Preto, Minas Gerais

Nos diga qual é a primeira imagem que lhe vem à cabeça quando a pergunta é: você conhece Ouro Preto? Podem vir igrejas barrocas, repúblicas fervendo em festas e museus. Se estivermos errados, então você faz parte de um pequeno grupo de pessoas que conhece a cidade fora de sua mainstream, isto é, fora do popular.

Nas primeiras semanas de 2016 estávamos passando alguns dias em Ouro Branco, cidade vizinha, e por acaso ouvimos falar a respeito de um templo budista nos arredores de Ouro Preto. Difícil imaginar isso, não? Já estivemos lá várias vezes e nos lembramos apenas das clássicas igrejas nos altos dos morros. Resolvemos conferir isso de perto.

O passeio de uma manhã de domingo pela cidade histórica de Minas Gerais fugiu totalmente ao padrão e contamos tudo nas breves palavras abaixo. Se você está em busca de roteiros fora do comum, então considere visitar os pontos que visitamos nessa empreitada.

Onde se hospedar em Ouro Preto

Em Ouro Preto, nossa sugestão é a Pousada do Largo. Leia também nosso guia de pousadas na cidade.

A subida pelo Morro São Sebastião

Na companhia de dois moradores da cidade, começamos a busca pelo templo budista subindo o Morro São Sebastião: uma estrada íngrime daquelas que causam até o barotrauma de ouvido médio (belo nome pra ouvido entupido, não?). No meio do caminho, um mirante permite belas vistas da cidade de Ouro Preto, inclusive da Praça Tiradentes e de outros monumentos importantes.

Centro histórico de Ouro Preto visto do morro São Sebastião
Centro histórico de Ouro Preto visto do morro São Sebastião. Créditos: Gisele Rocha

Dica: se no dia estiver chovendo, não tente subí-lo em um carro popular. As ruas são muito escorregadias se molhadas. Há outras formas de se chegar ao topo do morro, obviamente, mais longas, porém mais seguras.

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Templo Zen Pico de Raios

Chegamos ao templo budista em pouco mais de 10 minutos a partir do centro da cidade. Em sua entrada há uma porteira sem tranca e uma pequena clareira onde é possível estacionar o carro. Não havia ninguém pra nos receber, mas a entrada nas dependências do espaço era livre, aparentemente.

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O templo em si estava fechado. Pelo que vimos na porta, há uma programação de eventos e regras a serem seguidas por quem frequenta o lugar. Se tivéssemos mais dias por Ouro Preto poderíamos ter voltado em um dia com ele aberto, por isso se você planeja visitá-lo, procure se informar a respeito dos eventos que acontecerão por lá. Não encontramos um site oficial, somente um blog no blogspot, que, pelo visto, é pouco atualizado.

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Por mais que haja muito silêncio no local, é possível em alguns momentos escutar o barulho dos veículos que circulam pela cidade de Ouro Preto, mas não há dúvidas que no jardim em torno do templo há uma atmosfera ótima pra quem busca um cantinho pra meditar, refletir e apreciar a natureza.

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Parque Natural Municipal Cachoeira das Andorinhas

Pra terminar o passeio, seguimos viagem após o templo rumando para o Parque Natural Municipal Cachoeira das Andorinhas: um lugar com cachoeiras, piscinas naturais e belas formações rochosas.

Parque Natural Municipal Cachoeira das Andorinhas
Parque Natural Municipal Cachoeira das Andorinhas. Créditos: Gisele Rocha

Deixamos o carro próximo a outros que estavam estacionados e andamos por cinco minutos em meio a uma trilha do outro lado do pequeno curso d’água que havia por ali pra chegar à Pedra do Jacaré: uma grande rocha que se assemelha à cabeça do animal sobressaltando em meio à paisagem. Particularmente alguns de nós achamos que ela se parece mais com a cabeça de um Dragão de Komodo, mas cá entre nós, o nome Pedra do Jacaré é muito mais amigável, não é?

A pedra era muito usada para prática do rapel, mas ouvimos boatos de que uma pessoa havia caído e morrido nesse local. Não temos informações oficiais, mas saiba que o caminho até a pedra estava impedido por uma cerca e não havia ninguém por lá tirando fotos, como de habitual. De qualquer forma, é recomendável se informar na cidade se a pedra estiver em seu roteiro.

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O tropeiro saboroso de Ouro Preto

Não bastasse nossa manhã ter sido de boas experiências, nada como terminá-la com um almoço mais do que mineiro. Vantagens de se estar passeando com moradores locais: fomos levados ao Bar da Nida, que ficava próximo aos pontos de nosso roteiro. Por lá comemos um feijão tropeiro extremamente saboroso e tivemos a oportunidade de provar uma cerveja da região, a Ouropretana.

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Mapa

Se você quer experimentar um roteiro fora do comum pra cidade de Ouro Preto e viajar like a local, se ligue nos pontos do mapa abaixo. Sinta-se livre pra modificá-lo e ajustar as atrações a seu gosto, mas não deixe de compartilhar suas ideias conosco. Estamos muito interessados em saber o que há pra fazer fora da mainstream em Ouro Preto.

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No lugar da sesta, optamos por seguir viagem à Mariana, mas isso é assunto para um novo artigo. Lembre-se sempre: é possível turistar em qualquer canto do mundo, até mesmo naqueles em que você acha que já conhece de tudo! Basta ter criatividade e disposição!

Gisele, Letícia, Pedro e Adriano na Cachoeira das Andorinhas
Gisele, Letícia, Pedro e Adriano na Cachoeira das Andorinhas. Créditos: Viajei Bonito

Um grande abraço e até o próximo artigo!

Viajei Bonito

Somos duas pessoas apaixonadas por movimento. Para nós, cair na estrada é mais importante do que um projeto futuro de estabilidade e quaisquer oportunidades de novas viagens, por mais remotas e loucas que pareçam ser, a gente tá pegando!

11 pensou em “Um roteiro diferente por Ouro Preto, Minas Gerais

  1. Ótimo artigo! Sempre é bom conhecer opções para fugir dos roteiros mais rotineiros. Para os mais aventureiros não deixem de entrar na cachoeira que fica dentro da caverna. A entrada da caverna fica em frente ao Mirante da Pedra do Jacaré e apesar de ser um pouco estreito o acesso é relativamente fácil.

    1. Boa!!! A gnt não entrou nessa cachoeira mas fomos até a entradinha. O tempo era curto e nem sunga eu tinha levado, mas parecia mt maneiro lá dentro. Uma verdadeira piscina, né? A Pedra do Jacaré a gnt viu de perto, muito bonita, mas parece mais um Dragão de Komodo!

  2. Na época da copa do mundo do Brasil eu tive a oportunidade de passar ferias em Ouro Preto. Eu senti exatamente o que foi citado acima: A falta de informação. Cheguei a alugar um carro para ir até o templo. Mas, como estava chovendo eu desisti. Parabenizo vocês pela iniciativa e quem sabe um dia eu volte a esse lugar místico e maravilhoso.

  3. Oi. O mosteiro não está abandonado! A porteira está sem tranca porque tirei o cadeado. Sou praticante budista, neófito, e há mais de dois meses que moro no mosteiro. Em que dia vocês vieram? Pode ser que eu tenha saído na data.

    1. Oi, Caio. Estivemos aí no domingo passado, dia 10 de janeiro. As pessoas que foram com a gente nos avisaram que possivelmente não conseguiríamos conhecer a parte interna do mosteiro, visto que já tinham ido em outra ocasião e também não encontraram ninguém. Pelo que eles tinham lido, o espaço só abre quando há alguma programação. A informação procede?
      Obrigada pelos esclarecimentos e por ter deixado os contatos aqui. Atualizaremos o artigo com os contatos.

      1. Eu tinha ido ao parque das andorinhas, deve ser por isso que nos desencontramos. Não tem horários de prática definidos ainda, por isso peço que entrem em contato antes, quem vier para praticar o zazen.

        1. Olá Caio! Agradeço imensamente por ter respondido ao post com essas informações. Você se importaria se incluíssemos o telefone e o e-mail no final do artigo para que pessoas interessadas possam entrar em contato? Grande abraço!

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