O que aprendi na vida sobre aeroportos
Ainda me lembro da primeira vez que peguei um avião. Cheguei ao [link tag=”aeroporto”]aeroporto[/link] todo novato. Aos poucos fui decorando cada passo que envolve esse ritual desde a chegada até a hora do voo prestando atenção no que as pessoas faziam para então fazer igual.
Depois de um tempo, quando você sabe exatamente o que fazer (despachar as malas, passar pela segurança, procurar o portão, comer, mijar, embarcar, etc) começa a perceber algumas coisas que cansam nesse processo todo. Aos poucos, você vai ajustando sua vida para tornar esse momento menos cansativo e mais otimizado, digamos assim.
O que você lerá nos próximos parágrafos são opiniões e regras que criei para mim. Compartilho com o maior prazer aqui no blog a título de curiosidade, mas entenda que elas podem não funcionar para você… sendo assim, sinta-se a vontade para comentar depois da leitura com suas experiências e opiniões!
Vamos lá!
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Talco nos pés e calça que não precisa de cinto são boas ideias
Aquela sensação de que o cheiro emanado pelos próprios pés está se espalhando rapidamente pelo saguão da segurança é muito triste, especialmente quando uso botas. Talco nos pés e um tênis que seja fácil e rápido para calçar e vestir são os primeiros itens da minha lista.
Não somente isso, mas também uma calça que não caia sem o cinto. Sempre fui de usar umas calças cargo (por conta da quantidade de bolsos) mas que eram largas na cintura e o resultado disso era sempre embaraçoso: uma das mãos segurando as calças enquanto a outra procurando o cinto na bandeja de pertences.
A segurança é a única parte que me incomoda no ritual de se pegar um voo. Aprendi que quanto menos se carregar e quanto mais leves as roupas são, menor é a dificuldade pra vestir e mais rapidamente sairei daquela área.
Chinelos nem sempre são a melhor opção
A regra anterior também não pode ser levada muita ao extremo.
Voltando da [link tag=”tailandia”]Tailândia[/link] em um voo que faria 2 longas conexões e que demoraria quase 24 horas para chegar ao Brasil, resolvi “inovar”, trajando chinelos e um bermudão. Que arrependimento. Durante o voo meus pés congelavam e nem o cobertor oferecido pela companhia aérea conseguia mantê-los aquecidos.
Seja equilibrado e procure um meio-termo.
Procurar o portão de embarque antes de comer, sempre!
Coitada da Gisele… eu sou muito chato com isso. Primeiro a gente acha o portão de embarque, depois o resto. “Ah, mas eu preciso fazer xixi”… não importa. O portão de embarque é mais importante.
Exageros à parte, quando passamos da segurança, estamos sempre com fome… sério, existe alguma coisa naquele raio-x que nos faz uma verdadeira lavagem estomacal… a primeira coisa que procuro fazer após a segurança, mesmo que a vontade de comer esteja latente, é caminhar até a porta de embarque para depois explorar o aeroporto em busca de comida.
Já aconteceu de deixarmos para comer, ir ao banheiro, etc, antes de verificarmos o portão e quase perdemos o voo por conta da distância da praça de alimentação até lá. Estou falando de uma caminhada de quase meia-hora com seu nome ecoando pelos alto-falantes!
Ir com o celular e com o carregador portátil carregados
Se o tempo de espera até o voo é longo, ter o celular com 100% de bateria é essencial para que possamos nos desligar da vida real e fazer a vida passar mais rápido. Nem sempre consigo uma daquelas ilhas com tomada… geralmente estão cheias de gente em volta.
O jeito é levar sua própria energia!
Jogos que não dependem de internet são essenciais
Ainda falando de celular, aeroportos com Wi-Fi liberada têm conexões muito limitadas e jogos online serão prejudicados, especialmente os que têm duelos entre jogadores.
Houve um tempo em que eu jogava aquele Clash Royale e foram muitas as crianças que, sentadas próximas a mim, aprenderam novos palavrões. No meio da jogatina a internet falhava e quando voltava minhas torres já tinham sido todas destruídas.
Se você ainda joga esse ou outro jogo parecido e a partida estiver fácil demais, pode saber que há grandes chances de seu oponente estar em um aeroporto.
Assistir aos aviões decolando e pousando…
…só é legal nas duas primeiras horas. Depois cansa.
A não ser que apareça um daqueles aviões gigantescos com quatro turbinas. Aí você se empolga por 40 segundos e fala pra pessoa ao lado: “Olha isso, cara”.
Fim.
Propagandas podem ser tão cruéis
Sabe aquelas longas conexões que não são tão longas a ponto de darem margem para você sair do aeroporto e visitar a cidade? Você já chega meio zoado, com a cabeça e as vistas desgastadas pela pressão do voo e pelo ar condicionado… de repente senta para esperar o novo embarque e na sua frente há uma TV.
Geralmente esses televisores funcionam em um esquema de rodízio de propagandas. E quando eu percebo que já decorei as falas e também as imagens, aí já era: crio instantaneamente uma birra com as marcas e com os personagens das propagandas. Chega a dar gastura.
Mais uma regra minha: fugir de qualquer TV… assistir aos aviões decolando e pousando é melhor.
É possível comer bem sem gastar muito
Mentira, não é.
São raros os aeroportos com comida preparada ali, no ato. Geralmente o que é servido é comida de microondas e ela não difere muito da comida que é servida a você durante o voo.
Eu sei que é impossível encontrar um franguinho caipira da Vovó preparado artesanalmente em fogões de lenha dentro de um aeroporto… me perdoe, mas comida de microondas é o oposto disso e não sustenta.
Pernoitar nas cadeiras somente antes dos 33
Se você der uma fuçada no blog, verá que vários textos antigos meus falam sobre dormir no aeroporto… é porque eu ainda não tinha 33 anos na época que redigi tais manuscritos.
Isso pra mim funcionou até certo tempo, hoje tá impossível. Vale mais a pena pagar um hotel perto do aeroporto, mesmo que isso comprometa o orçamento da viagem, que geralmente é curto para nós.
Corpo descansado para aproveitar os passeios é a regra agora.
Free shops são uma cilada, Bino!
Nunca botei fé nas lojas de imposto livre dos terminais internacionais. Mas eu dei uma chance, juro que dei… e só comprovei minha teoria.
Na boa, pode ser que algo ali saia por um preço menor do que se comprado em sua cidade, mas na grande maioria das vezes em que converti o dólar para o real, a diferença era tão pequena que não justificava o trabalho que daria ficar andando com sacolas o resto da viagem toda.
Ah, mas quem converte não se diverte. Se diverte sim! Eu converto e me divirto.
#porummundocommaisconversão
Participar da fila de embarque é importante para a humanidade como um todo
Eu e Gisele sempre fomos daquelas pessoas que esperam até a fila do embarque estar praticamente vazia para então adentrar na aeronave. Quando os funcionários das empresas aéreas anunciam a abertura dos portões, longas filas são formadas e você fica ali em pé por muito tempo com mochila nas costas. No fim das contas, o voo vai sair com todo mundo junto. Então pra gente meio que nunca fez sentido pegar a fila em sua concepção.
Mas daí eu pensei… e se todo mundo pensasse assim? Sério, pelo bem da humanidade, não pense assim, caso contrário os voos jamais decolarão por ficarem eternamente aguardando os passageiros embarcarem: um paradoxo tão complexo quanto quem veio primeiro, o ovo ou a galinha.
Aguardar a bagagem afastado da esteira faz de você um ser humano melhor
A chegada de um voo é sempre uma correria enjoada. As pessoas se amontoam nos corredores do avião até que ele abra a porta… se eu tô sentado no corredor, a pessoa da janela me pede para levantar porque ela quer descer rápido… e no fim das contas, todo mundo que despachou as malas tá lá na esteira juntinho.
Isso não faz ninguém sair mais rápido do aeroporto.
Colar na esteira onde desfilam as bagagens muito menos. A melhor coisa que você pode fazer (ainda pelo bem da humanidade) é permanecer a uma distância mínima de alguns poucos metros dela para que toda pessoa possa caminhar e buscar sua mala sem precisar se espremer.
Se for alugar um carro, trabalhe em equipe
Uma coisa que aprendi nas vezes em que aluguei um carro no aeroporto: uma pessoa a mais na fila são, pelo menos, mais 20 minutos de espera. O processo de locação é muito lento, especialmente se você ainda depender da van para te buscar e levar até o pátio dos carros.
Nossa estratégia? Um pega as malas e o outro já vai pro guichê de reservas. A não ser que você esteja viajando sozinho, vale a pena mandar um do grupo para já ir agilizando o veículo.
Mas, olha, não passe essa dica em adiante… se todos fizerem isso esse plano infalível vai pro saco!
Dedique-se a planejar o traslado com antecedência
Se tem uma coisa que me irrita é aquela sensação de que eu poderia ter me dedicado mais a estudar o melhor trajeto entre o aeroporto e o lugar onde vou ficar.
Deixar pra descobrir isso com fome, cansado e ansioso pra guardar as bagagens e desfrutar do lugar é extremamente irritante, tanto quanto andar com as calças no joelho depois de passar pela segurança (vide os tópicos anteriores).
E, na boa, pensar adiante no traslado enquanto se planeja a viagem é tão fácil, que você vai se arrepender – assim como eu faço em todas as viagens – quando o “você do futuro” perceber que se esqueceu desse detalhe bobo, mas que resultou num gasto enorme com táxi.
Por enquanto é isso…
A cada viagem há um novo aprendizado e acredito que continuarei descobrindo mais e mais coisas ao longo dos anos em que eu e Gisele continuarmos desbravando esse mundo louco. A Aline do blog Latitude Infinita também compartilhou as experiências dela no post Dicas de ouro nos Aeroportos, com alguns conselhos complementares aos nossos.
Quem sabe não saia uma parte II para este artigo? Até lá, gostaria muito de saber o que você também já concluiu sobre aeroportos durante suas viagens! Não deixe de postar nos comentários!
Até a próxima!
Leia mais sobre o que já escrevemos sobre aeroportos
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Achei as dicas excelentes, irão me ajudar muito. Valeu!