Curitiba: a metrópole que cresce sem deixar de ser verde
Clima agradável – às vezes até bem frio –, povo acolhedor e infraestrutura: assim poderia ser resumida Curitiba, a capital do estado do Paraná, no Sul Brasil. Passear por esta metrópole ecológica, considerada uma das 15 cidades mais bonitas do mundo pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e descobrir o que ela tem a oferecer é extremamente gratificante.
Com muito verde, uma das formas de se conhecer um pouco de tudo é optar pelo passeio na Linha Turismo, um ônibus especial que passa por 25 atrações da cidade e permite até quatro descidas para explorar melhor os lugares que o viajante escolher. Embora o percurso todo (sem desembarques) dure cerca de 2h30, o ideal é você reservar um dia para ele. Alguns pontos turísticos não funcionam à noite, outros podem ter fila para entrar ou você pode simplesmente querer passar mais tempo em determinado local e, se isso for feito na correria, o programa pode acabar sendo frustrante. O trajeto começa na Praça Tiradentes e é feito todos os dias, exceto às segundas-feiras, com o primeiro ônibus partindo às 9h.
Um dos lugares mais bonitos da capital paranaense e também um dos mais visitados – e, claro, fotografados – é o Jardim Botânico. Inaugurado em 1991 e inspirado nos jardins europeus, o local proporciona um agradável passeio por entre as belas flores. A entrada é gratuita. Lá é, inclusive, uma das paradas do ônibus onde mais gente desce tamanha a beleza do lugar.
O carioca Leonardo Carvalho, de 54 anos, defende que o Jardim Botânico é um dos passeios imperdíveis da cidade. “O lugar é muito bonito e bom para passear”, diz o técnico em eletrônica, que destaca a simpatia do curitibano como um dos pontos fortes.
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Se o medo de altura passa longe e a ideia é apreciar a cidade de uma perspectiva diferente, a Torre Panorâmica é a melhor pedida. Depois de enfrentar uma fila considerável, do alto dos seus 109,5 metros é possível ter uma visão completa da cidade. A entrada custa R$5 para público geral e R$2,50 para crianças de 5 a 9 anos ou idosos. Vale ter atenção aos horários de subida, já que mesmo depois de o funcionamento do dia acabar, a Linha Turismo continua parando no local, e passageiros desavisados descem, na esperança de fazer a visitação (a pessoa que cá escreve fez isso).
Para a jornalista e professora de inglês Letícia Manhães, de 27 anos, a Torre é um dos locais mais interessantes. “Eu amo observatórios, e de lá você consegue ter uma vista da cidade toda do alto. Além do mais, é um passeio barato”, justifica a niteroiense, que diz ter gostado muito também da arquitetura diferenciada do Museu Oscar Niemayer.
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Não é à toa que Curitiba entrou em uma lista da emissora “BBC” de cidades mais ecológicas do mundo. De acordo com a página oficial da Prefeitura, são 29 parques e bosques. O mais antigo deles é o Passeio Público, fundado em 1886 e o primeiro lugar a receber a luz elétrica na cidade. Em quase 70 mil m2, dá para fazer exercícios, passear com as crianças e, de quebra, ainda caminhar por entre cisnes e garças, por exemplo.
O parque mais frequentado pelos curitibanos, no entanto, é o Barigui. Com 1.400.000 m2 e um enorme lago no meio, o local é usado para piqueniques, para a prática de corrida e abriga o Museu do Automóvel. O acesso é gratuito e nunca fecha, ou seja, fecha chuva ou faça sol, de dia ou à noite, o funcionamento é 24h.
Nascida e criada em Curitiba, a advogada Ana Paula Pospissil, de 23 anos, diz que o local é bom para caminhar. “O Barigui é ótimo para andar. Tem ar puro. É muito bonito e a localização é ótima”, conta ela, que também destaca o Teatro Guaíra como um de seus lugares preferidos.
A cerca de 5 quilômetros de lá fica o Largo da Ordem, em pleno Centro Histórico, a parte mais antiga da cidade e atualmente revitalizada, onde prédios centenários se misturam com bares, teatros, museus e restaurantes.
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É lá também que fica a tradicional feira de domingo. Com artesanato, música, comidinhas locais, roupas, bolsas e artigos de decoração, dá para dizer que a Feira do Largo é parada obrigatória. Não pense que se trata de uma feirinha. Sua extensão é enorme, com centenas de barracas, tudo organizado. Então, se quiser aproveitar o passeio, coloque um tênis para caminhar por entre os paralelepípedos e parta o quanto antes, até porque no começo da tarde os stands começam a ser desmontados.
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Se depois desse programa você tiver fome, seu destino deve ser Santa Felicidade. Além de ser um lugar de interesse turístico, o bairro construído por colonos italianos em 1878 hoje abriga uma infinidade de bons restaurantes. Dois dos mais concorridos são Veneza e Madalosso, conhecidos por suas generosas porções.
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O que você pode evitar em Curitiba
Nem tudo são flores. Dois pontos que podem ser furadas são a Rua 24h e a Ópera de Arame. Explico.
O primeiro engana duplamente no nome: não é rua (e sim uma galeria comercial) e não funciona durante 24 horas. É, de fato, um cartão-postal da cidade, e sua estrutura com grandes arcos pode render algumas fotos. Atualmente, são cerca de 20 lojas, a maioria voltada ao ramo gastronômico.
A Ópera de Arame, por sua vez, é muito bonita, mas se você estiver dentro dela, assistindo alguma das apresentações que ocorrem por lá. Fechada e por fora é tumultuada e mal dá para fotografar. Essa é outra parada da Linha Turismo onde muitos descem e, no meio de tanta gente, há pouco a se aproveitar.
Sossego e opções alternativas
Para fugir dos locais muito procurados, a Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre) é uma excelente opção. Localizada dentro do Bosque Zaninelli, criado a partir de uma antiga área de exploração de granito naturalmente regenerada, a instituição é aberta à visitação e dá para passar bons minutos por lá apreciando o silêncio, emoldurado por um lago e uma pedreira.
Para além do ônibus de turismo, do tradicional ou até do táxi e do Uber, uma forma alternativa de conhecer a cidade é alugar uma bicicleta. Tarefa simples, na capital que incentiva a locomoção por esse tipo de transporte e que tem hoje, aproximadamente, 190km de malha cicloviária, segundo a Prefeitura.
Um dos que propõem esse serviço é o KuritBike, que aluga bicicleta (R$10 uma hora ou R$50 a diária) e também faz passeios guiados. Tudo com equipamento de segurança e podendo incluir cadeirinha para as crianças.
De acordo com o Luiz, que trabalha no KuritiBike e conversou com o Viajei Bonito, são cinco os principais tours guiados e que o Coffee Bike Tour é o mais procurado hoje. No roteiro, cinco cafeterias curitibanas, com direito a degustação de cafés especiais. A maioria dos passeios custa R$90.
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Onde comer em Curitiba
O Beneth, do Tire a Bunda do Sofá, também listou os lugares favoritos dele aqui e possui um roteiro bem completo sobre o que fazer na cidade.
Onde se hospedar em Curitiba
Em Curitiba, você encontra opções de hospedagem para todos os estilos, gostos e bolsos, independente da temporada. Você pode alugar um apartamento no [vb_product_link code=”BOOKING”] para passar um feriado ou uma temporada, ou, se preferir economizar, escolha um dos hostels da cidade, como o [bookinglink id=”317418″ text=”Roma Hostel”]. Temos também um guia completo com os melhores bairros para se hospedar em Curitiba.
um bom guia para turistas que procuram Curitiba!
só precisa corrigir a foto do Teatro Paiol (embaixo à esquerda nas fotos do Largo da Ordem e Centro Histórico).
o antigo paiol de munições do Exército fica no Largo Professor Guido Viaro, no encontro das ruas Conselheiro Laurindo e Chile, no bairro Prado Velho, distante pouco mais de 3km do Largo da Ordem!
Obrigada pela sua informação, Angelo. Acabei de fazer a correção.
Abraços!