Se você acha que o turismo em Brumadinho se resume ao Inhotim, esse artigo é para você. É na cidade que se encontra o maior museu de arte contemporânea a céu aberto do mundo, mas onde estão também uma infinidade de atrativos de valor histórico, cultural e gastronômico. Por isso vale a pena considerar um pernoite na cidade quando visitar o museu ou um fim de semana de paz e tranquilidade nos distritos rurais do município para conhecer as riquezas locais.
Brumadinho está a cerca de 60 km de Belo Horizonte e foi roteiro de passagem de bandeirantes na era do ouro. Até mesmo por isso, povoados e arquitetura guardam traços da história de Minas Gerais. Soma-se a isso a beleza cênica natural – já que está rodeada pelas Serras da Moeda, da Calçada e do Rola Moça.
Quase duas vezes maior que Belo Horizonte em extensão territorial, muitas vezes os atrativos estão escondidos entre um distrito e outro e passam despercebido pelos viajantes que resumem seus passeios ao centro da cidade. Para que você não perca a chance de conhecê-los, a gente te ajuda a saber o que fazer em Brumadinho sem perder nenhum detalhe.
Navegue pelo post
Aproveitar a Serra da Moeda
O conjunto montanhoso é porta de entrada para quem opta chegar a Brumadinho pela BR 040. Não haveria forma melhor de ser recepcionado pelo município. Do alto da serra é possível ter uma visão de 360 graus, que contempla até mesmo a lagoa dos ingleses. Na Serra da Moeda também é possível fazer trilhas ecológicas, passeio de bike e até mesmo saltar de parapente, já que há um clube de voo livre no topo. Uma boa dica é programar-se para estar no alto da serra no horário do pôr do sol, quando estiver voltando do passeio. O visual compensa muito.
Visitar Piedade do Paraopeba
Uma lista sobre o que fazer em Brumadinho não seria completa sem contemplar uma visita a esse povoado. Ao pé da Serra da Moeda, o distrito histórico nem parece estar a pouco mais de 30 km da capital mineira. Reserva a mineiridade das cidades de interior mais afastadas dos grandes centros. Não é para menos, já que a vila é uma das mais antigas de Minas Gerais. No entorno da Igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade do Paraopeba, construída em 1729, casinhas antigas dividem espaço com vendinhas de quitutes e artesanato locais. Há ainda a capela dedicada à Nossa Senhora do Rosário – originada da confraria dos escravos. É em Piedade também que está um dos maiores grupos de congado da região. A Guarda de Moçambique se apresenta com frequência e leva suas crenças através da arte.
Ir ao forte de Brumadinho e à Cachoeira Encantada
De atrativos naturais, o destaque entre as opções fica com a caminhada que leva ao Forte de Brumadinho – ruínas de uma antiga casa de fundição que data de 1750. A trilha tem início na entrada da portaria do Retiro das Pedras e são 5 km até alcançar as muralhas de mais de 5 metros de altura. Parte do trecho é calçado, o que dá nome à serra onde está o forte, e repleto de mirantes. Mais 1,3 km de descida íngreme levam a dois poços, um deles da Cachoeira Encantada – uma das poucas da região próprias para banho.
Dar um pulo em Casa Branca
Vilarejo em meio às montanhas da Serra do Rola Moça, a gastronomia é o ponto forte de Casa Branca. Restaurantes, pizzarias e burguerias tradicionais – que tiram os belorizontinos de casa para um bate e volta – dividem espaço com atrações como espaços de aventura e até um centro budista. É lá também que se encontra o Parque Serra do Rola Moça – o terceiro maior parque urbano do país. Com fauna diferenciada, relevo pouco comum e rico em mananciais, é aberto à visitação gratuita. O caminho até Casa Branca é um passeio à parte. Quatro mirantes com belas vistas recepcionam os turistas.
Conhecer os alambiques e a culinária local
Nos vários distritos da encosta da Serra da Moeda encontra-se uma infinidade de alambiques artesanais, que permitem ao viajante, mais do que conhecer as etapas de produção e envelhecimento da cachaça artesanal, experimentar os sabores e prazeres proporcionados pela bebida. É possível até fazer um tour chamado Rota da Cachaça e conhecer rótulos locais e especiais – feitos com ingredientes como chocolate, açúcar mascavo, coentro, gengibre, raspas de laranja da terra e capim-limão. São mais de 60 produtores locais. Além das cachaçarias, Brumadinho ainda conta com uma cervejaria artesanal. A Casa Piacenza fica no distrito de Aranha e comercializa cinco tipos diferentes de cerveja. O estabelecimento também recebe músicos locais e serve comida italiana – somando o que a região tem de melhor: receber bem. Por entre os caminhos de entrada vicinais, restaurantes apostam no melhor da culinária mineira e é difícil escolher o mais aconchegante e tranquilo.
Como chegar e onde se hospedar em Brumadinho
Para quem vai ao Inhotim antes de conhecer os outros atrativos de Brumadinho, o melhor caminho é a saída de Belo Horizonte com destino a Betim, pela BR 381 e MG 040. O museu está na sede do município e de lá até a área rural são 20km. Já quem prefere começar ou conhecer apenas a área serrana, a melhor opção é a BR 040. A entrada para a Serra da Moeda está à direita logo após a saída para Ouro Preto.
As várias opções de hospedagem estão “perdidas” em meio à calmaria da natureza e entre os distritos. São pousadas rurais montadas pelos próprios moradores locais. No centro também há opções para todos os bolsos.
O Viajei Bonito já esteve por lá e na ocasião de nossa visita, nos hospedamos na Pousada Dona Carmita, com o melhor café da manhã de todos os tempos!
Tem ou não tem o que fazer em Brumadinho? Se você já esteve no Inhotim, está esperando o que para voltar à cidade? E se não esteve, que tal uma dobradinha com o museu?
Sou Cida Rocha, gostei muito do seu artigo seu conteúdo. Vem me ajudando bastante no planejamento da minha viagem, muito obrigada.
Que bom, Cida! Espero que logo logo possamos viajar em segurança pelo Brasil afora.
Região maravilhosa e acolhedora
Show de Bola!!!