Visitando o 9/11 Memorial, em Nova York, com 6 horas de conexão
Depois de nove horas e meia entre Juiz de Fora e São Paulo de ônibus, mais nove horas e meia de Guarulhos a Nova York, decidimos fazer um “melhor uso” das seis horas de espera até o próximo voo. Nossa missão: visitar o memorial em homenagem às vítimas do World Trade Center, em Manhattan, Nova York.
Pode parecer estranho, e isso foi novidade para nós, mas conexões no Aeroporto JFK exigem que sua bagagem seja retirada, escaneada e entregue novamente na companhia aérea. Geralmente se pega a bagagem no destino final e não em uma conexão, mas em se tratando dos Estados Unidos nada é estranho.
Por sorte, durante o voo conhecemos um brasileiro que morou em Nova York por muitos anos e que conhecia o caminho até onde queríamos. Você verá que é bem fácil.
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Air Train
Ao sair da área de transferência, é possível ver várias placas indicando a direção do AirTrain. Caso seja sua primeira vez em Nova York, o AirTrain é uma espécie de metrô interno do aeroporto. Há três linhas: Airline Terminals Train (amarela), Jamaica Station Train (vermelha) e Howard Beach Train (verde). Vamos deixar essa última de lado.
Airline Terminals Train
A linha amarela faz um trajeto circular pelos terminais 1, 2, 4, 5, 7 e 8. Ele é gratuito para quem deseja transitar entre os terminais e tem um período médio de 10 a 15 minutos entre cada composição.
Jamaica Station Train
O trajeto da linha vermelha do AirTrain passa pelos mesmos terminais da linha amarela, entretanto, após o terminal 8, ele faz um longo desvio para fora do aeroporto, até a estação terminal Jamaica, do metrô de Nova York. A partir desse momento, ele deixa de ser gratuito, mas o curioso é que você não paga nada se o pegar por engano e aguardar até a volta para o aeroporto, pois a catraca onde você precisará pagar fica na saída.
O tempo até a estação Jamaica foi de, aproximadamente, 10 minutos. Na saída é possível comprar um ticket integrado ao metrô, e o preço sai por $ 8,75, onde $ 5 dólares são do AirTrain, $ 2,75 do metrô e $ 1,00 para a compra do cartão. Esse cartão, por sua vez é recarregável, logo se você estiver em grupo, o ideal é comprar um cartão apenas e recarregá-lo.
Descendo as escadas, você já cairá direto no metrô, bastando aguardar a Linha E, cuja estação final é a do World Trade Center.
Fique atento! Existe uma bilheteria eletrônica ao lado das convencionais que vende um ticket pro centro da cidade muito mais caro do que ele realmente vale. Não sabemos o motivo ou se tratava de alguma outra linha, mas nossas passagens de ida e volta estavam saindo por $ 66,00! Por sorte nosso amigo brasileiro nos mostrou as bilheterias certas e pagamos apenas um terço desse valor.
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Metrô da Linha E em Nova York
O tempo de viagem entre a estação Jamaica e o World Trade Center foi de, aproximadamente, 40 minutos. As primeiras estações são muito distantes, mas essa distância vai diminuindo à medida que nos aproximamos de Manhattan.
Se tivéssemos tempo, poderíamos ir parando nas várias estações de nomes conhecidos que víamos no caminho, mas nosso voo para Tóquio estava com hora marcada, e uma hora muito próxima da que estávamos.
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One World Trade Center – 9/11 Memorial
O 9/11 Memorial foi inaugurado em 11 de setembro em 2011, dez anos após o atentado que matou quase 3 mil pessoas não só nas Torres Gêmeas, mas também no Pentágono e no Vôo 93, que caiu antes de atingir seu alvo final. Somam-se a essas mais seis pessoas vítimas de um atentado ocorrido no mesmo lugar em 1993.
O complexo criado para homenagear vítimas e envolvidos conta com duas enormes quedas d’água com aproximadamente 9 metros de profundidade, marcando a localização das torres do World Trade Center. As águas desembocam em um buraco no centro de cada uma das cascatas e os nomes dos falecidos foram gravados nas bordas metálicas. No entorno foi criado um espaço para reflexão composto por várias árvores, muitas delas transportadas de outros parques em Nova York, Pensilvânia e Washington, a fim de simbolizar áreas atacadas no 11 de setembro de 2001.
Árvore Sobrevivente
A Survivor Tree (ou “Árvore Sobrevivente”, em português) é uma pereira que foi encontrada sob os escombros um mês após o atentado. Pode-se dizer que foi o único ser vivo a sobreviver no Marco Zero, tendo passado inclusive por terremotos, tempestades e furacões. Ela estava quase morta, sem folhas, com partes queimadas, galhos quebrados e danificada até a raiz. Enquanto os entulhos estavam sendo retirados, a planta recebeu os cuidados do Departamento de Parques e Recreação da Cidade de Nova York, tendo sido replantada em 2010. Hoje ela está cercada das demais e simboliza a resistência, a sobrevivência e o renascimento não só da cidade, mas de todo o povo americano.
Homenagens às vítimas dos atentados em Paris
Na sexa-feira 13 de novembro, poucos dias antes do nosso embarque, Paris sofreu uma série de atentados por parte do grupo Estado Islâmico. Foram centenas de mortos e milhares de feridos, entre eles, americanos que presenciaram situação semelhante no dia 11 de setembro de 2001.
A fim de homenagear as vítimas dos ataques na França, moradores e turistas colocaram bandeirinhas nas margens das piscinas e em torno da Árvore Sobrevivente. Algumas luminárias também reproduziam a bandeira francesa, mostrando solidariedade ao país.
Sobre o Memorial
A entrada no Memorial é gratuita e não precisa ser reservada antecipadamente, mas se você quiser visitar o Museu, deverá comprar o seu ingresso com antecedência no site oficial e poderá fazê-lo a partir de três meses antes da data pretendida. Familiares de vítimas e crianças com menos de 6 anos de idade não pagam. Além disso, todas as terças-feiras, a partir das 17h, são distribuídos ingressos gratuitos por ordem de chegada. Como o nosso tempo era curto, passamos apenas pela parte aberta.
Atenção aos horários de funcionamento!
9/11 Memorial
Todos os dias, das 7h30 às 21h.
9/11 Museu
Dom – Qui, das 9 às 20h, bilheteria até às 18h.
Sex e Sáb, das 9h às 21h, bilheteria até às 19h.
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Compilamos toda essa “aventura” em um vídeo curto que você confere abaixo. Nele é possível ver quase todo o trajeto, com exceção do metrô, que estava muito cheio e ficou complicado tirar as câmeras da mochila.
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Fique atento ao tempo de espera na imigração
Tenha sempre em mente que os Estados Unidos são muito rigorosos quando o assunto é segurança. Por isso se você pretende fazer como nós e conhecer algum pedaço de Nova York durante uma conexão, é necessário calcular o tempo do AirTrain + tempo no metrô + imigração. Esse último é muito variável: para nós, durou cerca de 25 minutos, mas dependendo do número de voos próximos ao seu, esse número pode subir.
De qualquer forma, cada segundo é precioso quando o tempo é raro. Por isso saímos do avião quase que atropelando todo mundo, pra ganhar tempo na hora de entrar no país. E valeu muito a pena. Conhecemos apenas uma das várias atrações de Nova York que queríamos, mas mesmo assim ficamos satisfeitos. Fomos muito bem recebidos, desde o aeroporto até à cidade. E agora queremos voltar, sabe-se lá quando, mas queremos!
Onde se hospedar em Manhattan, Nova York
Supondo que seu caso não seja o de uma conexão, Manhattan tem ótimas opções de hotéis e você precisa conhecer o Crowne Plaza Times Square. O hotel fica a 7 minutos a pé do Rockefeller Center e da Radio City Music Hall e a 100 metros do metrô.
Você pode se inspirar também em um artigo muito interessante com 50 atrações gratuitas em Nova York, do site Aprendiz de Viajante. Quem sabe uma dessas atrações não possa se encaixar em seu tempo de conexão? E se você já fez alguma conexão parecida com essa ou tem boas ideias para compartilhar, deixe seus comentários nos campos abaixo!
Até o próximo artigo!
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