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O guia definitivo de segurança para bagagem

A bagagem é um item de viagem que merece muita atenção. Não adianta preparar cuidadosamente cada detalhe da viagem e deixar para arrumar a mala em cima da hora, sem qualquer critério para escolher o que colocar nela e negligenciando as medidas de segurança para que ela chegue sã e salva as suas mãos.

Chamei a Talita do Blog da Talita para me ajudar com a parte da organização da mala. Para quem não sabe, ela se desafiou a ficar 1 ano sem comprar qualquer peça de roupa e relatou tudo isso na página dela. Além de economizar uma grana, ela aprendeu a aproveitar mais as peças que já tinha montando looks diferentes das combinações mais normais.

Enfim, com a ajuda dela, consegui fazer uma mala mais compacta e o resultado poderá ser visto em breve no blog dela, onde além de fotos, haverá um vídeo com dicas.

Mas não adianta montar uma mala funcional se não tomarmos os cuidados básicos de segurança para bagagem.

É fato que a partir do check-in a responsabilidade sobre as bagagens é integralmente da companhia aérea, entretanto, como você não quer ter problemas de danos e extravios, é necessário se prevenir.

Sim, todas as malas são identificadas com fitas de segurança pela empresa aérea antes do despache, porém elas servem exclusivamente para sinalizar o destino de entrega e o proprietário. Não protegem contra danos ou furtos. Sem contar que estas fitas são muito frágeis e podem se romper durante o transporte.

Já que você não quer passar os primeiros dias de viagem ou de retorno à casa para cuidar de problemas relativos aos seus pertences, fique atento a este guia de segurança para bagagem.

1. Use uma etiqueta de identificação

Pode parecer óbvio, mas há muita gente que não identifica a própria bagagem acreditando que apenas as características físicas serão suficientes para encontrá-las em caso de extravio. Ainda que a sua mala ou mochila seja incomum, descrevê-la será muito mais trabalhoso que anotar dados básicos para facilitar a localização, como: nome, endereço residencial, e-mail e telefone para contato.

Etiqueta preenchida na mala para fácil identificação do proprietário
Etiqueta preenchida na mala para fácil identificação do proprietário. Créditos: Gisele Rocha

Se sua mala for muito comum, como as de marcas famosas ou as pretas e lisas, vale a pena colocar um acessório que a diferencie. Pode ser uma fitinha, um chaveiro ou até mesmo um cadeado colorido.

2. Tranque sua mala com cadeado de código

Não confie que ninguém abrirá a sua mala só porque ela foi fechada com zíper. Muitas vezes, quando a mala está cheia a ponto de ficar estufada, os fechos podem abrir sozinhos. Com um cadeado, este problema será minimizado, embora saibamos que é muito fácil violar o fecho éclair, num truque conhecido como “golpe da cesárea“, que consiste em abrir o zíper com a ajuda de uma caneta, furtar algumas coisas e depois fechá-la de forma que a abertura não seja percebida.

Para impossibilitá-lo, basta prender o cadeado ao carrinho do fecho e a alguma parte fixa da mala, conforme a imagem abaixo:

Cadeado com código trancando a mala para que sua abertura seja feita somente por quem tem a senha
Cadeado com código trancando a mala para que sua abertura seja feita somente por quem tem a senha. Créditos: Gisele Rocha

3. Lacre a bagagem com plástico no aeroporto

Esta é uma medida de segurança para bagagem que eu nunca tentei, confesso, mas imagino que funcione bem. Primeiro porque o plástico protege contra possíveis danos (rasgos, umidade e sujeira), segundo porque para abri-la, o indivíduo vai precisar de cortar todo o plástico e isso dará uma mão de obra enorme. Aliás, é por isso mesmo que eu nunca quis experimentá-lo, mas acho válido apresentar esta opção.

As máquinas para plastificar bagagens estão disponíveis em todos os aeroportos e a proteção custa em torno de uns R$40. O serviço ainda inclui seguro contra extravio.

4. Declare à companhia o que está sendo levado

Você sabia que dá para declarar à empresa aérea o que está levando na bagagem despachada durante o check-in? Faça a lista em casa e formalize no aeroporto. Uma cópia ficará com você e outra com a companhia.

Câmera reserva guardada no fundo da mala
Câmera reserva guardada no fundo da mala. Créditos: Gisele Rocha

5. Tire fotos de fora e do interior da mala

Esta é uma medida de segurança muito importante. Tirando fotos do que está na mala e do estado dela antes do embarque, você se resguarda em caso de danos, perda ou furto.

6. Separe as roupas em malas diferentes

Se você está viajando com outra pessoa, é recomendável misturar as roupas em diferentes malas ou mochilas. Caso alguma delas venha a extraviar, o desespero por estar sem roupas para trocar será minimizado e vai ser possível se virar com pouco até recuperar a bagagem que ficou pra trás.

Roupas de duas pessoas misturadas em diferentes malas
Roupas de duas pessoas misturadas em diferentes malas. Créditos: Gisele Rocha

7. Leve uma roupa de muda na mala de mão

Não importa se você vai viajar sozinho ou acompanhado, leve sempre algumas peças de roupa na mala de mão para trocar em caso de extravio. Objetos de valor e documentos também devem ser transportados com você. Não é à toa que as companhias permitem que os passageiros carreguem na cabine bagagens com um tamanho razoável. Veja as variações no quadro abaixo.

Tabela com os principais tamanhos de bagagem permitidos por cada companhia aérea
Tabela com os principais tamanhos de bagagem permitidos por cada companhia aérea. Créditos: Skyscanner

8. Carregue objetos valiosos na bagagem de mão

Prefira levar equipamentos eletrônicos e outros objetos de valor na mala de mão. Pense mil vezes antes de colocá-los na bagagem que será despachada. No entanto, se você não tiver outra escolha, coloque os itens de valor bem no meio da mala, entre as roupas. Já que os funcionários têm pouco tempo para transportar tudo, os mal-intencionados provavelmente vão mexer primeiro nos bolsos externos e, se der, na parte de cima do que está dentro da mala. O fundo é sempre mais difícil de ser alcançado.

Se você tomar todos os cuidados possíveis e ainda assim algo der errado, saiba como agir para de que uma providência seja tomada pela companhia aérea o mais rápido possível a fim de evitar prejuízos ainda maiores.

Repito que, de acordo com a lei, as companhias aéreas são responsáveis por todas as bagagens e demais itens desde o momento em que são despachados até a hora em que o passageiro sai da sala de desembarque. A partir daí, é cada um por si e Deus por todos, pois elas se negam a atender reclamações posteriores e tudo se torna mais difícil.

O que fazer em caso de mala extraviada ou danificada

Nenhuma empresa está livre de erros operacionais. Eles ocorrem principalmente quando há atrasos ou quando é necessário trocar os passageiros de voo na última hora. Seja como for, sempre verifique se a etiqueta de papel colada na bagagem corresponde ao seu destino e pergunte mais de uma vez se a mala deverá ser retirada na cidade de conexão ou no destino final. Por via das dúvidas, certifique-se de que sua mala não está na esteira ao desembarcar na cidade de conexão.

Se a sua bagagem for danificada, extraviada ou caso você note que algum item for subtraído, faça a reclamação ainda na sala de embarque, mostrando o comprovante de despacho. De acordo com Convenção de Montreal e o Código Brasileiro de Aviação a indenização deve ser feita em até 30 dias. Entretanto, o valor estipulado para cada mala despachada é de apendas USD $20 e, como o valor costuma ser considerado baixo, o ideal é entrar com um processo na Justiça.

Em todo caso, guarde o número de protocolo da reclamação e faça uma ocorrência no SAC da companhia aérea o quanto antes. Se possível, faça também um Boletim de Ocorrência na polícia, além de uma reclamação formal na Anac.

Infelizmente, casos de extravio e furto são cada vez mais comuns, ainda que na área de acesso restrito a funcionários. Então não facilite a ação desses criminosos. Cuide do que é seu!

Mas e você, já passou por algum aperto? Conhece outra dica de segurança para bagagem que não esteja na lista? Compartilhe com os outros leitores.

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Gisele Rocha

Formada em Comunicação Social pela UFJF. Andou meio mundo tentando descobrir o que queria fazer, até descobrir que queria mesmo era andar pelo mundo.

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