Os encantos e enigmas de Paracas, no Peru
Que desenho é esse na areia?
a) Um cacto.
b) Um tridente.
c) Não sei, vou ler o artigo do Viajei Bonito para descobrir.
d) Sei o que é, mas vou ler mesmo assim.
O Viajei Bonito te leva a mais um relato encantador de outro destino peruano. Hoje vamos a Paracas, cidade a uma hora de Ica (onde conhecemos o deserto da Huacachina).
Paracas parece cidade de filme! Música típica, casinhas brancas em frente à praia, uma pracinha linda com peruanas vendendo chocotejas (bombom típico maravilhoso) e um pôr do sol memorável.
Em Paracas você encontra hospedagem barata, comida barata e transporte barato. Há cafezinhos em frente à praia e você pode observar os pelicanos e a natureza enquanto bate um papo.
Os peruanos são gentis e conseguimos fazer amizade fácil, ainda mais em cidade do interior como Paracas. As comidas são temperadas com ervas e molhos, e vêm em grande porção. Não consegui comer nem a metade do prato que pedi (15 soles). Se você come pouco, pode dividir a comida com alguém. No [link tag=”peru”]Peru[/link] eles servem vários molhos para você colocar na comida, vi um amarelo que me agradava e taquei em todo o prato. O molho se chamava Ají e eu não sabia que Ají era pimenta! Nem precisa dizer que fiquei vermelha, né? Geralmente os pratos vêm com copo de bebida (chá é o mais comum), uma entrada e o prato principal. Come-se muito bem. A comida é o que mais me faz sentir saudades do país, meus 8 kg a mais pós-intercâmbio podem comprovar.
Chega da sessão Mais Você, vamos falar do passeio!
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Islas Ballestas
Nossa primeira parada depois do Candelabro foi nas Islas Ballestas, um pequeno arquipélago habitado por leões marinhos, pelicanos, pinguins e muitas, mas muitas gaivotas. Há quem o compare a Galápagos, devido a sua rica fauna. A ilha é parte do sul do Pacífico e abriga muita história e paisagens, seu nome vem do formato das rochas que formam arcos e resultam em cavernas. Ballestas quer dizer “arco” em espanhol.
A ilha é feita de formações rochosas de guano, que é uma sedimentação resultante do excremento de algumas aves e animais. Por isso, é comum pessoas passarem mal pelo forte cheiro e pela maresia.
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Um bote leva os turistas até a ilha por 40 soles. É importante seguir recomendações de segurança, como não ficar em pé e usar o colete salva-vidas.
Reserva Nacional de Paracas
O que é legal no Peru é o contraste de paisagem como deserto-oásis, deserto-nevados, praias-montanhas… e que tal deserto-praia? Isso mesmo. A Reserva de Paracas abriga um imenso deserto que contrasta com as belas praias do Pacífico, que correspondem a mais de 50 por cento do parque. O local foi criado em 1975, a fim de preservar parte do mar e da fauna da região.
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Conseguimos entrar na reserva por 15 soles. Você deve comprar uma espécie de ticket, que pode ser encontrado em agências de turismo. Ao som de “el día que salí de casa”, versão minha para “o dia que saí de casa”, rumamos ao deserto.
Paramos em cada praia e o guia era super legal! Como eu já havia ressaltado, os peruanos, assim como os brasileiros, são muito alegres. Salvo algumas piadinhas sobre o 7×1 da Alemanha sobre o Brasil, aos comentários eram engraçados. Lembro que revidei perguntando: qual foi a última vez que o Peru disputou um mundial mesmo? O guia retrucou: “no fuímos para no pasar la vergüenza que ustedes vivieron”. Brincadeiras à parte, paramos para tirar algumas fotos do deserto.
O mar é espetacular e é cercado por formações rochosas. Uma delas é conhecida como La Catedral. Abaixo você pode ver como era o formato da rocha antes e depois do terremoto que atingiu a região em 2007.
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Outra coisa que nos chamou a atenção é que mesmo em lugares desérticos no Peru existem pessoas povoando a região. Encontramos uma casa no meio do deserto em que uma família morava e servia almoço para se sustentar. Achamos até uma homenagem ao Brasil, o que levou a mais uma pausa em nosso passeio.
Uma curiosidade sobre o local é que se você tiver autorização poderá acampar na reserva. E aí, anima?
Se você gostou desse passeio, pode aproveitar e já planejar sua viagem! Paracas faz calor o ano todo (entre 22 graus e 15,5) e raramente chove, então não há restrições para se divertir.
O mistério do candelabro
Assim como as linhas de Nazca, o Candelabro é um mistério. O que temos a respeito são pistas e suposições, nada comprovado de fato. As dimensões e o formato da figura faz historiadores a relacionarem com as linhas de Nazca. Estima-se que o Candelabro exista há 2500 anos e tem mais ou menos 200 metros de altura e entre 1,2 e 3,2 metros de profundidade.
Alguns dizem ser o desenho de um candelabro, outros afirmam ser um tridente. Acredita-se ser um símbolo religioso e possivelmente mostraria que as linhas de Nazca estavam próximas. Algumas lendas também tentaram explicá-lo. Conta-se que certo homem bom chegou à região e virou um contador de histórias, relatava acontecimentos de outras regiões para o povo e proclamava o bem e curava os enfermos. Entre esses acontecimentos o homem, conhecido como Viracocha, relatou que um senhor certa vez foi perseguido por seus inimigos que o crucificaram junto a dois outros homens em uma colina. O povo indignado com tal injustiça subiu a colina e cavou o que hoje chamamos de Candelabro.
E o Candelabro é realmente espetacular.
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Olá Luana. Gostei muito das suas dicas porque estou em dúvida se vale a pena colocar Paracas no meu roteiro. Deixa te perguntar…. Na reserva nacional, vocês fizeram de carro? É possível fazer a pé? Nossa preocupação é com custos, também. Obrigada.
Oiee! Fizemos de carro! Um moço nos levou! a pé é difícil pois o parque é grande! Mas você consegue tours por bons preços