Islândia: um dos destinos mais incríveis do planeta não é feito só de gelo
A Islândia é um país muito pequeno, localizado entre o oceano ártico e o atlântico. Conta com a população de apenas 320.137 habitantes, sendo concentrada na capital, Reykjavík.
O que mais me fascina na Islândia é a história Viking! Segundo a lenda, uma guerra dividiu os Vikings da Noruega e parte deles se deslocou de barco em direção ao desconhecido. Nessa viagem, descobriram uma ilha verde com muitas belezas naturais onde decidiram montar acampamento. Esperando que inimigos pudessem atacar essa ilha, a chamaram de Islândia (Iceland, ilha de gelo), como tática de defesa. Porém, um pouco mais afastada dessa tal ilha, havia outra ilha maior que, por causa da grande quantidade de gelo, era quase inabitável. Essa ilha foi chamada de Groenlândia (Greenland, ilha verde). Muita lógica para evitar conflitos! Ainda hoje, quando falo para amigos sobre visitar a Islândia, alguns me perguntam “O que você vai fazer na Islândia? Lá só tem gelo!”
Não é segredo para ninguém que sou apaixonada pelo norte da Europa e me encantei por todas as cidades que visitei. O clima, arquitetura, comportamento e a cultura têm uma magia inexplicável, só visitando pra sentir. Fiz uma seleção com atrações e dicas importantes pra quem se interessa em viajar pela Islândia. Confira!
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Onde se hospedar em Reykjavík
O Viajei Bonito também já esteve na Islândia e nossa sugestão de hospedagem é pelo CenterHotel Plaza, que disponibiliza wi-fi gratuito, quartos para não fumantes, estacionamento e transfer (aeroporto).
Atrações pela Islândia
Lagoa Azul
A Lagoa Azul é um SPA geotérmico localizado a poucos quilômetros de Reykjavík. Como quase tudo que visitei na Islândia, o SPA conta com uma infraestrutura muito boa para turistas. Quando entramos, ganhamos uma pulseira de borracha com um chip a prova d’agua que serve tanto para o armário do vestiário, quanto para pedir bebidas no bar. Quem fica carregando dinheiro e chaves no meio da agua?
A água tem a temperatura em torno de 37-39 ºC e muito rica em minerais como sílica e enxofre. Estão espalhados pelo SPA recipientes contendo lama de sílica, que é conhecida por suas propriedades dermatológicas. É só passar a lama no rosto, esperar alguns minutos e lavar na própria água. Meio esquisito mas faz bem para a pele.
Importante: não beba a água e se possível não molhe o cabelo. Uma das funcionárias do local me avisou mas estava empolgada que não me importei. Meu cabelo ficou muito seco e demorou meses para voltar ao normal.
Parque Nacional Þingvellir
Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Dentro de Þingvellir, duas placas tectônicas se divergem: a Eurasiática e a Norte-americana.
Gullfoss (Cataratas Douradas)
Localizadas no Rio Hvítá, no sudeste da Islândia, são muito populares entre os turistas. Com quedas de até 35m de altura, as cataratas produzem uma paisagem de tirar o fôlego.
Gêiser
Um gêiser é uma nascente termal que entra em erupção. Um dos mais ativos é o Strokkur, que entra em erupção uma vez a cada 6-8 minutos. Ver um gêiser entrar em erupção é uma experiência única!
Culinária
A ilha tem uma culinária bem peculiar, repleta de iguarias exóticas. O Hákarl, por exemplo, é preparado com o tubarão-da-Groenlândia podre. A carne é enterrada por semanas para depois ser curada por meses ao ar livre. Servido em um recipiente lacrado, a carne tem consistência similar ao palmito, cheiro de amônia e gosto amargo. Normalmente é acompanhada de uma bebida alcóolica denominada Brennivín (vinho ardente), que tem a função de mascarar o cheiro de putrefação.
Na foto acima a carne vem em um recipiente fechado. O garçom nos serviu e disse antes de sair: “Vou deixa-los aqui e quando voltar vou saber se qualquer um de vocês já abriu o recipiente. O cheiro de amônia vai se espalhar e só de abrir a porta vou reconhecer.”
Pra quem gosta de aventuras
Imagine fazer uma trilha numa montanha de gelo na Islândia? Localizada perto de Reykjavík, o monte Esja embeleza a paisagem da costa da capital islandesa. Formado por uma cadeia de montanhas devido à atividade vulcânica na era pré-histórica, tem 914m de altura. É possível chegar até a base da montanha de ônibus saindo de Reykjavík.
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Não recomendo fazer a trilha sem equipamentos. Fiz com uma bota normal, calça jeans e carregando uma bolsa. Como era início da primavera, o gelo estava derretendo no sol e não era muito seguro. A água vinda do gelo derretido escorria por baixo da neve, então poderíamos afundar a qualquer momento. Não chegamos ao topo, pois estava muito íngreme e perigoso. Desistimos e descemos escorregando no gelo até a terra firme. No verão e com equipamentos, a trilha é muito tranquila. Nem é necessário ir com guia, tudo é bem sinalizado se você não sair da trilha.
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Para concluir, vou dar umas dicas para os vikings de primeira viagem: a Escandinávia inteira é muito cara, e a Islândia tambem. Esteja com o bolso preparado, pois alimentação e hospedagem costumam ter preços salgados.
Quando viajei pra Islândia, importei comida na bagagem, levei umas maçãs e já foram suficientes pra ajudar. Se uma maçã pode custar em torno de três reais, imagine comida em restaurantes.
Outra informação importante: a água da torneira, quando quente, tem gosto muito ruim e cheiro muito forte (seu corpo e boca ficam com cheiro forte após o banho e escovar os dentes), pois essa água vem de fontes geotermais e possui enxofre na composição. Vire a torneira para sair água gelada e tome bastante! Essa agua é considerada uma das melhores para se beber do mundo.
A Islândia não é só isso que comentei acima, ainda há muito pra ver. Em outro post explicarei mais sobre a aurora boreal nesse país apaixonante.
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Que fotos fodaas! Parabéns Bii!