Como escolher uma boa bota de trekking?

Comprar equipamento para esportes de aventura nunca é tarefa das mais fáceis. São muitas marcas, uma variação de preço muito elástica, muitos tipos de material, solado… sempre rola uma confusão na hora de escolher. É um processo em que o caro nem sempre é a melhor escolha, em que o barato pode sair caro e a falta de informação também. Então, tudo depende da situação, do tipo de trilha, da frequência de uso e, principalmente, do seu pé. Portanto, se você pensa em encarar uma trilha em breve e precisa escolher uma boa bota de trekking, não deixe de ler esse artigo até o fim ou poderá se arrepender amargamente.

Experimenta! Experimenta!

Comprar na internet é uma maravilha. Você escolhe, paga e recebe o produto sem sair do sofá. Mas adquirir uma bota de trekking é muito diferente de comprar um sapato. Nesse último caso, o uso é feito de forma típica: dentro de casa, no trabalho, com leves e poucas caminhadas ao longo do dia. A gente senta e levanta o tempo todo e acaba conseguindo lidar com um aperto ou outro. Numa trilha, o conforto é fator fundamental e qualquer ponto de atrito fora do lugar, por conta do modelo ou do tipo de costura da bota, pode gerar bolhas ou hematomas que impossibilitam prosseguir com a caminhada. Por isso, prefira comprar em algum lugar que lhe permita experimentar no sentido mais completo da palavra: calçar, caminhar, simular saltos e subidas ou descidas. A chance de acertar é bem maior. A não ser que o site lhe permita devolver o produto sem custos caso a escolha não seja assertiva.

E não caia na lenda de que botas de trekking precisam ter um tamanho acima do que você usa. Essa hipótese pode aumentar muito o atrito e só é válida se você for usar, sempre, a bota com meias muito grossas – indicadas para locais muito frios.

Escolher uma boa bota de trekking não é tarefa simples

Escolher uma boa bota de trekking não é tarefa simples. Créditos: Maridav / Fonte: Shutterstock

Cano curto ou longo?

Terrenos acidentados aumentam a probabilidade de torções. Logo, o cano alto é a melhor opção para firmar e proteger os tornozelos e garantir uma trilha muito mais segura. Há quem não goste do cano alto por conta da pequena limitação de movimentos. Mas é melhor do que se expor a lesões durante o trekking e precisar abandonar o passeio antes de chegar ao fim. Tudo é só uma questão de costume.

O solado

É ele que absorve os impactos e impede ou favorece escorregões. Logo, tem importância crucial na escolha do modelo. Uma boa bota de trekking tem o solado em alto relevo e, quanto mais ranhuras, maior o nível de aderência e tração. Solados com muitas áreas lisas equivalem a um pneu careca em uma estrada cheia de curvas na chuva. Outro ponto a ser observado é a espessura. Esse tipo de calçado deve ter solas mais grossas ou você vai sentir todas as pedrinhas do caminho, além de perder o investimento bem rápido. Solas finas não duram quase nada em terrenos acidentados. Dica: como o solado das botas de trekking é mais rígido do que o das botas comuns, não deixe de usá-las no dia a dia para “amaciar” o produto antes de encarar uma trilha.

10 dias de trekking na Chapada Diamantina

Tipos de material

Esse é o item mais difícil da lista, pois cada material tem aplicação melhor em um tipo de trilha e nem sempre vamos nos restringir tanto nas aventuras. De cara, já fuja dos tênis de academia e das botas tradicionais de couro. Não são calçados adequados para quem pretende encarar o trekking com um pouquinho mais de profissionalismo.

Se o trekking é de muitas horas ou dias, procure por modelos mais leves. Isso vai diminuir o nível de esforço e fará toda diferença nos últimos quilômetros, quando a energia começa a ir para o bebeléu.

Já as botas com material impermeável são uma mão na roda. Cruzar um percurso com os pés molhados é incômodo e ainda deixa o calçado mais pesado. E, convenhamos: quase sempre tem um riachozinho ou terreno lamacento no meio do caminho e os riscos de chuva sempre são uma realidade.

Por fim, mas não menos importante, opte por botas de trekking com material transpirável para evitar meias e pés úmidos. No calor, o resultado é para lá de desconfortável – nível sauna. No frio, a situação favorece a perda de calor pelo corpo e a sensação térmica piora.

Resumindo: a bota de trekking ideal para a maior parte das ocasiões deve ser leve, impermeável e permitir a respiração.

Boas marcas de bota de trekking

Nem sempre as marcas importadas saem na frente no quesito melhor custo X benefício. Por isso, antes de comprar com base em fama, pesquise os preços e compare os modelos. Eu tenho uma Timberland há nove anos e parece que ela vai durar para o resto da vida. O preço é bom e as principais críticas giram em torno da impermeabilidade, que acaba se perdendo com o tempo. Outros dois bons investimentos a longo prazo são as The North Face e Salomons. Porém, são bem mais caras, o que nem sempre está a nosso alcance. Para quem busca qualidade e economia, duas boas opções são a MacBoot e a EcoSafety, mas ambas são mais duras que as demais marcas (o que nem sempre é ruim). Por fim, a marca que ficou famosa pela produção de calçados operacionais. A Caterpillar vende botas de trekking resistentes e com preço mediano.

Conhece alguma outra boa marca? Indica pra gente!

Como escolher uma boa bota de trekking?

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4 pensou em “Como escolher uma boa bota de trekking?

  1. Tinha uma Timberland, não durou muito. Agora estou com uma BullTerrier, impermeável, porém não sei se é respirável. Qual a avaliação de vocês sobre está marca?

    1. Renato, nós dois usamos Timberland há muitos anos e gostamos muito. A minha única queixa é ela ser muito pesada, mas é bem resistente e parece que vai durar a vida toda. Sobre a BullTerrier, ainda não conhecemos.

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