Um dia no Parque Estadual do Itacolomi, em Minas
Fim de semana chegando, grana curta e a certeza de que ficar em casa nunca foi uma opção. Da vasta lista de lugares a conhecer, optamos por uma visita ao Parque Estadual do Itacolomi, localizado em [link tag=”ouro-preto”]Ouro Preto[/link]. A ideia era subir o Pico do Itacolomi, mas o parque impressionou por oferecer muitas outras atrações e opções para todas as idades.
Na portaria, fizemos um cadastro de visitantes. Foi lá também que pagamos a entrada – 10 reais por pessoa. Estudante paga meia e moradores de Ouro Preto não pagam. É possível “fugir” dessa etapa, pois não há um controle rígido. Porém, não faça isso. O parque é muito grande e o registro de visitantes serve para que os guardas florestais saibam quem entrou e possam dar uma busca caso você se perca.
Como nosso passeio visava ao Pico do Itacolomi, fomos de carro até o Centro de Visitantes que fica a 5 km da portaria. Se você está a pé precisa caminhar até lá ou pleitear caronas ao longo do caminho – prática super comum dentro do parque e fizemos nossa boa ação do dia carregando um grupo de jovens na caçamba da picape. Deste ponto inicial até o cume são 7km de subida. O parque oferece guias, mas eles devem ser reservados com antecedência. Como o nosso passeio não foi programado, fizemos todo o trajeto sozinhos e foi muito tranquilo. As trilhas são autoguiadas e possuem placas a cada novo quilômetro.
Se você tem pouco condicionamento físico, isso não será um problema. Estamos acostumados com longas caminhadas e há sim trechos rochosos que exigem a atenção de quem caminha, mas em boa parte do percurso a trilha não exige esforços além da conta. Ao longo do passeio cruzamos com várias famílias com crianças bem pequenas, de 4 ou 5 anos, e com pessoas mais velhas. Nenhuma relatou dificuldades ou arrependimento. Até porque, qualquer esforço é recompensado por belas paisagens, compostas por vegetação de mata atlântica e campos rupestres, formações rochosas de quartzito e mirantes com cenários a perder de vista.
A 1700 metros de altura, além da pedra que caracteriza o Pico do Itacolomi e servia de referência para os bandeirantes na Era do Ouro, foi possível avistar toda a cidade de Ouro Preto, Mariana, a represa de Lavras Novas e até mesmo parte da Serra do Caraça – já que o dia estava limpo e ensolarado. Dá para ficar horas observando a vista sem cansar e curtindo momentos de pura paz.
Como iniciamos a subida mais tarde, por volta de 11h, o retorno nos impôs um agradável entardecer com temperaturas mais amenas. Não há pontos para coleta de água no caminho e os locais com boas sombras são escassos. Então não deixe de levar garrafinhas de água com um bom estoque para hidratação e use as rochas suspensas para se abrigar e descansar enquanto lancha e repõe as energias.
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De volta à sede do Parque Estadual do Itacolomi
Retornamos ao ponto de partida para conhecermos outros atrativos do parque. Logo no fim da trilha, fomos bem recebidos pela Lagoa da Capela, de águas escuras, mas límpidas, que ajudou a refrescar o calor. Muitas famílias passam o dia no parque apenas no local. Mais adiante, cerca de 100 metros, conhecemos a Casa Bandeirista – imóvel histórico do século 18 considerado o primeiro prédio público do estado. Internamente, painéis contam a história do local e muitas paredes e parte do piso ainda preservam a arquitetura original.
Mais dois minutos de caminhada levam à Capela São José – com representação da via sacra produzida por artesãs com materiais colhidos na natureza, e ao Museu do Chá – antiga fazenda de fabricação de chá que ainda preserva maquinários e objetos que contam a história do cultivo e produção do insumo. Mas o horário de visitação já estava encerrado e não conseguimos conhecer essas atrações. O Parque Estadual do Itacolomi ainda possui outras seis trilhas: Morro do Cachorro, Caminhada do Mirante (4km), Represa do Custódio (8km) e as mais leves Trilha da Lagoa (1km), Trilha da Capela (1,5 km) e Trilha do Forno (1,2km) – que leva às ruínas de um forno cerâmico do século 19. Ou seja, não faltam motivos para voltarmos.
No retorno à portaria passamos por uma boa área de camping ocupada pelos visitantes que decidiram dormir por lá. Pretendemos voltar em breve, mas nessa visita optamos por pernoitar em Ouro Preto para usufruir dos outros atrativos que a cidade tem a oferecer. É possível encontrar boas pousadas e hostels por lá.
Se você procura por um passeio bom, bonito e barato, e curte natureza e história, já encontrou!
Como chegar ao Parque Estadual do Itacolomi
Para chegar até a entrada do parque, basta seguir pela rodovia que liga Ouro Preto a Mariana, na BR-365. Se não estiver de carro como nós, é só pegar um ônibus que faça o trajeto intermunicipal entre as duas cidades ou o transporte municipal que leva ao Hospital de Ouro Preto. Ambos saem da rodoviária.
Horário de funcionamento
O Parque Estadual do Itacolomi funciona de 8h às 17h de terça à domingo.
Já conhece o parque? Não deixe de contar sua experiência pra gente nos comentários.
Gosto muito do artigo do seu site. Estarei acompanhando sempre.Grata!!!
ESTIVE NO PARQUE ESTE MES JUNHO/2019 LUGAR OTIMO PARA PASSAR O DIA COM A FAMILIA PASSEIO TRANQUILO
PLANEJANDO ACAMPAMENTO NO PARQUE RECOMENDO MUITA NATUREZA NO LOCAL
Vira e mexe vasculho a web a procura de informações diversas sobre lugares (alguns que já conheço) , muitos são os sites, porém “O Viajei Bonito” sempre me surpreende com sua narrativa e maneira de ver certas coisas. Conheço bem a região de Ouro Preto (onde estive inumeras vezes) que sempre volto. Agora voltando a lugares já visitados, começo a ir a locais que passaram por algum motivo e o Pico do Itacolomi, será um deles (Setembro). Com certeza haverá mais passeios em Ouro Preto. E essas dicas do Viajei Bonito já me preparam para o que vou encontrar por lá.
Abração ao meu amigo Adriano Castro e toda a Equipe do “VIAJEI BONITO”.
Fala, Paulo! Obrigado pelo comentário, meu amigo! Muito bom saber que nosso trabalho está sendo útil para suas viagens! Um grande abraço!
Gostei muito do artigo do seu site. Estarei acompanhando sempre.Grata!!!
Obrigada, Vera! Boas viagens!