Não é comum relatarmos aqui no Viajei Bonito nossas viagens de deslocamento entre um país e outro. Nossas dicas se restringem ao nome da empresa utilizada, valor da passagem e tempo de percurso, mas o que acontece no caminho fica guardado para nós, já que na maioria das vezes passamos trabalhando ou dormindo e não acontece nada digno de um post. Só que a viagem de ferry entre Tallinn e Helsinque foi diferente.
Só para você se situar, Tallinn fica na Estônia e Helsinque é a capital da Finlândia. A viagem de barco entre elas dura cerca de 2 horas, mas a nossa já começou conturbada e quase não aconteceu.
Tivemos o cuidado de comprar as passagens com antecedência (você pode adquiri-las aqui), imprimimos os vouchers ainda no Brasil e partimos para o nosso mochilão pelos bálticos e Rússia. No nosso último dia em Tallinn, deixamos as coisas arrumadas na certeza de que no dia seguinte sairíamos cedo do hostel e caminharíamos calmamente até o porto, um trajeto que duraria cerca de 25 minutos andando devagar.
Acordamos sem pressa, revisamos o nosso roteiro de Helsinque, preparamos o nosso café da manhã e ainda tomamos um banho bem relaxante, afinal, tínhamos tempo. Era o que pensávamos, até o Adriano resolver conferir as datas das passagens e verificar que deveríamos estar no porto com 1 hora e 15 de antecedência. A essa altura nós já estávamos atrasados. Aí foi aquele desespero. Eu ainda tinha que me trocar, então Adriano saiu louco atrás de um táxi. Era certo que perderíamos as passagens do ferry até Helsinque e as de trem de Helsinque para São Petersburgo.
Saí do taxi correndo, enquanto Adriano pagava a corrida e carregava as malas. Cheguei no guichê, apresentei as reservas já pensando na desculpa que daria para não ter chegado com 75 minutos de antecedência, mas para a nossa surpresa, a moça só carimbou o papel e nos desejou uma boa viagem. Pense num alívio! Subimos as escadas e ficamos na sala de espera aguardando por cerca de 50 minutos até a hora de embarcar.
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Sobre o ferry e a viagem entre Tallinn e Helsinque
Não há assentos marcados no barco, que é gigantesco e tem quatro andares. Inicialmente, escolhemos ficar do lado de fora apreciando a vista, mas o frio nos impediu. Nos sentamos em uma das mesas da área fechada, onde estava mais aconchegante.
A viagem é curta, mas é possível passar o tempo em uma das infinitas máquinas de poker, ou fazendo compras no duty free, ou ainda comendo alguma coisa enquanto assiste a um show de rock das antigas. Eu optei por passear pelo navio e o Adriano escolheu dormir.
Dentro da embarcação existem vários banheiros à disposição dos passageiros gratuitamente, limpo e sem filas. As compras podem ser pagas em cartão ou euro, que é a moeda utilizada na Estônia e na Finlândia.
Mudando de assunto, é impressionante como nós brasileiros estamos sempre preocupados com a nossa segurança. Adriano e eu sempre nos revezamos no cuidado com os nossos pertences, quando um precisa sair, o outro fica de olho em tudo. Notamos que no barco nós dois éramos os únicos que não se desgrudavam dos próprios pertences. Vários passageiros deixaram seus celulares recarregando nas tomadas enquanto iam às compras, outros largavam as carteiras em cima da mesa e saíam despreocupadamente. Uma mulher que estava sentada perto da gente simplesmente largou a bolsa aberta e só voltou para buscar quando o navio estava chegando ao porto de Helsinque. Quem nos dera poder viver nessa tranquilidade aqui no Brasil!
Meia hora antes da chegada eles anunciam o encerramento das atividades no duty free. Nesse momento os mais apressados já começam a se posicionar no primeiro andar, próximo à saída do ferry. Mas nada de tumulto, cada um espera a sua vez de desembarcar.
Com os celulares recarregados e a câmera no pescoço, era hora de deixar as nossas malas na Estação Central e conhecer a capital da Finlândia. Já viu o nosso roteiro de Helsinque? Ele já está disponível!
Informações adicionais para viajar
Não há controle nas fronteiras entre os países pertencentes à União Européia, mas lembre-se que ao desembarcar no continente você precisará apresentar alguns documentos.
- Passaporte com validade de, no mínimo, 6 meses contados a partir da data de entrada no país.
- Apólice de seguro viagem com cobertura mínima de 30 mil euros para despesas médico-hospitalares.
- Comprovante de hospedagem.
- Comprovantes de subsistência (extratos bancários, comprovante de rendimentos, contracheque, declaração de Imposto de Renda ou qualquer outro documento desse tipo).
- Passagens de volta para o Brasil.
Agora que você já sabe tudo o que precisa levar, planeje o seu roteiro e boa viagem!
Oie! Obrigado por compartilhar sua viagem. Aprendi muito. No navio não tem um guarda volumes? Farei esse trajeto daqui a dez dias e não quero ficar o tenpow todo olhando as malas… To carregando muita coisa… Alguma sugestão?
Oi, Átila! Me lembro de ver alguns armários no ferry, mas não lembro como funcionavam. De qualquer forma, vimos muita gente largando suas coisas em qualquer canto, porque aquela área é muito segura e acho que nem passa pela cabeça deles a chance de ser roubado no navio. De qualquer forma, se você não for pernoitar na cidade, pode deixar suas coisas na estação de trem/ônibus. Há guarda-volumes de vários tamanhos!
Espero te ajudado. Boa viagem e aproveite bastante!
Oi Gisele!! Meu nome é Renato, e vou jogar o Mundial de Basquete Master pela Seleção Brasileira, no fim do mês que vem na Finlândia. Valeu pela dica do ferry, e todas as outras!! É um passeio que pretendo fazer até Tallinn, em algum dia de folga da competição.
Parabéns pelo trabalho e a forma super comunicativa que vc descreve suas experiências. Um abraço e obrigado!!
Que banaca, Renato! Boa sorte para a seleção brasileira. Ficaremos na torcida!!
Se precisar de mais alguma informação para os passeios que fará durante o tempo de folga, conte conosco. Será um prazer ajudá-lo!
Para passar o dia em Helsinque, vindo de Tallin (fery) e depois indo para St. Petersburgo (trem), há algum lugar para deixar a bagagem?
Oi Gisele, gostei muito de seus relatórios sobre viagens. Vc é muito detalhista e isso é importante.
Tem dicas de Estocolmo? Qual a melhor rota pra chegar até lá, da Finlândia, Estônia ou Letônia?
Infelizmente não fomos a Estocolmo, Marlene :/
Mas quando nos preparamos para conhecer um destino novo e não sabemos qual a melhor maneira de chegar lá, costumamos consultar o site a Omio. Ele mostra rotas de barcos, ônibus, trens e o que mais estiver disponível entre dois trechos, além de mostrar os preços das passagens e tempo de deslocamento.
Se puder te ajudar em mais alguma coisa, estou à disposição.
Abraços! Aproveite a viagem!!