Os 10 golpes mais comuns na Tailândia e como evitá-los
A picaretagem não tem endereço fixo, está em todos os lugares, principalmente naqueles em que há grande fluxo de turistas. Não se trata apenas de furtos, pois somos brasileiros e sabemos muito bem onde esconder o nosso dinheiro durante uma viagem. Estou falando de formas de engambelar viajantes desavisados, que acabam caindo em ciladas sem se darem conta. Conheça os golpes mais comuns na Tailândia e aprenda a evitá-los enquanto é tempo.
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[su_dropcap]1[/su_dropcap] Golpe dos taxistas
Essa é a classe em que os bons pagam pelos maus, pois não há lugar do mundo onde não se ouve falar em golpes articulados por taxistas. Em [link tag=”bangkok”]Bangkok[/link] o problema não se restringe às voltas desnecessárias para aumentar o lucro, mas à recusa em usar o taxímetro. Quando o turista pede uma estimativa de preço, o taxista logo de cara já quer fechar um valor absurdo e não liga o aparelho para que o passageiro possa acompanhar o valor da corrida.
Em outros casos, ele simplesmente não liga o taxímetro e quando o passageiro nota, já é tarde demais. Isso aconteceu com a gente, mas como a corrida foi curta, o desfalque não foi grande.
Como evitar: insista para que o motorista ligue o taxímetro ou parta para outro que ligue. Ou peça um Uber.
[su_dropcap]2[/su_dropcap] Golpe dos tuk-tuks
Esse é o golpe mais conhecido e ainda assim eu quase caí nele porque sou bobinha os caras têm uma lábia boa e não vão direto ao assunto. Quando você nota, já está quase aceitando.
Funciona da seguinte forma: um motorista de tuk-tuk te aborda na Khao San Road de maneira muito sutil, fazendo alguma gracinha, perguntando de onde você é, fala algumas coisas que conhece sobre o Brasil (ou qualquer outro país, a depender da nacionalidade da vítima), pergunta o que você já conhece de Bangkok e assim vai.
No fim das contas, depois de uma conversa aprazível, o cara meio que se despedindo diz que pode te levar para ver alguns pontos turísticos da cidade por um preço camarada. Era o equivalente a uns 10 reais para 2 pessoas e eu quase aceitei, até o Adriano despistar e me lembrar que se tratava do golpe, que consiste em cobrar um valor bem simbólico por um passeio, mas levar o passageiro a mercados, alfaiatarias e lojas e pressioná-lo a comprar coisas que nem precisa, apenas para ganhar uma comissão. Em alguns casos, os vendedores prometem até entrega internacional, que jamais chegará na sua casa.
Como evitar: não ficar esticando conversa. Eu teria cortado o papo logo no começo, mas o Adriano é mais sociável e gosta de dar atenção para as pessoas. Só que eu me deixei levar pela conversa e quase fiz papel de trouxa.
Observação importante: nós nos deslocamos de tuk-tuk para todos os lados de Bangkok, pois as corridas custam muito menos que as de taxi. A diferença é que você precisa negociar o preço antes de embarcar, nada de aceitar o primeiro preço que o motorista estabelecer.
[su_dropcap]3[/su_dropcap] Golpe dos templos fechados
Outro golpe manjado na Tailândia. Você está indo em direção a um templo (ou outra atração turística) e alguém o aborda perguntando se você quer uma corrida para algum lugar. Quando você responde que está indo visitar o templo, o sujeito diz que esse está fechado e com muita simpatia se oferece para levá-lo a outro, só pra faturar o preço da corrida. Às vezes te acompanha até um portão que sempre está fechado só para você acreditar que realmente está fora do horário de funcionamento.
Como evitar: consulte os dias e horários de funcionamento dos pontos turísticos que deseja visitar e mantenha-os anotados para não se confundir.
[su_dropcap]4[/su_dropcap] Golpe das compras repetidas
Nas lojas de conveniência da [link tag=”tailandia”]Tailândia[/link] é possível comprar um mundo de coisas por preços muito baixos, como já detalhei em outro post. Só que alguns caixas são muito espertinhos e acabam contabilizando duas vezes o mesmo produto ou dão o troco errado.
Como evitar: ficar de olho quando o funcionário estiver escaneando os produtos, conferir a notinha e conferir o troco também.
[su_dropcap]5[/su_dropcap] Golpe do aluguel
Esse é um dos golpes mais comuns na Tailândia, mas tem maior incidência de casos em cidades litorâneas, como Phuket e Pattaya. Ficamos sabendo dele através de uma cartilha que recebemos no aeroporto de [link tag=”bangkok”]Bangkok[/link].
Tudo começa quando o turista resolve alugar uma moto ou um jet-ski. O locador retém o passaporte do interessado e às vezes uma quantia em dinheiro como garantia. Na volta, um funcionário vai fazer a inspeção e encontra diversos defeitos, cujos consertos terão valores absurdos e sairão do seu próprio bolso. Como o seu passaporte está retido na loja, você fica refém dos picaretas.
Como evitar: só alugue veículos com empresas confiáveis (nós recomendamos a [vb_product_link code=”RENTCARS”], porque dá para resolver tudo pela internet) e jamais dê o seu passaporte ou qualquer outro documento como garantia.
[su_dropcap]6[/su_dropcap] Golpe do cocô de passarinho
Este é o mais criativo de todos. Uma pessoa discretamente te acerta com uma gororoba parecida com cocô de passarinho. Você se exalta, tenta limpar aquilo e logo aparece alguém com um paninho pra te ajudar, aí sua carteira ou celular vão embora junto com a sujeira.
Como evitar: não permita contato corpo a corpo. Desconfie até de um aperto de mão muito próximo, pois os caras têm a manha da mão leve.
[su_dropcap]7[/su_dropcap] Golpe com crianças
É difícil não se apiedar de crianças pequenas que são forçadas pelos pais a vender coisas na rua. No entanto, ao comprar coisas dos pequenos, você estará contribuindo com o trabalho infantil e, por consequência, para que eles não tenham a oportunidade de frequentar a escola.
Em alguns casos, com a orientação de adultos, essas crianças se tornam batedores de carteira e se aproveitam da aparente fragilidade para lhe furtar.
Como evitar: essa é uma situação que requer muita sensibilidade. Mesmo optanto por não comprar o que essas crianças estiverem vendendo, não seja rude com elas. Se insistirem, diga que já adquiriu um produto similar mais cedo e siga o seu rumo.
[su_dropcap]8[/su_dropcap] Golpe da leitura de mão
Adriano estava andando pela rua tranquilamente até que um rapaz apertou o passo pra ficar ao lado dele e perguntou se podia ter um minuto de atenção, ao que meu marido respondeu positivamente, como sempre faz, mas continuou andando.
O cara começou a falar características comportamentais do Adriano, como se o conhecesse há anos. Algumas até condiziam com a personalidade dele, mas eram coisas genéricas. O cara foi falando e pediu para ler a mão do Drico. Cheiro de golpe.
A gente já tinha lido que nesses casos de leitura de mão, quando o turista desavisado concorda, os caras fazem o “serviço” e depois pedem um pagamento. Diante da negativa, eles começam a pressionar a vítima até ela ficar com medo e ceder. Alguns casos terminam até em violência física.
Como evitar: não dê a mão para a pessoa ler. Faça como o Adriano, diga que não quer e saia andando. Deixe o picareta falando sozinho que uma hora ele vai desistir e sair em busca de outra vítima.
[su_dropcap]9[/su_dropcap] Golpe das lady boys e prostitutas
Estávamos fazendo o check-out no hotel e apareceu um cara esbaforido xingando o recepcionista. Na hora não entendemos nada, mas depois o funcionário nos explicou que o tal rapaz perdeu todo o dinheiro, celular e documentos após uma noite com uma garota que ele contratou na rua e levou para o quarto, mesmo havendo na portaria um cartaz de todo tamanho deixando claro que era proibida a entrada de pessoas que não fossem hóspedes.
Esse golpe é conhecido nas noites de Bangkok e não aconteceu porque a mulher era uma prostituta, mas sim porque era desonesta. Poderia ter sido com qualquer outra pessoa que o cara conheceu na noitada e deixou entrar no quarto do hotel mesmo sabendo que era proibido e que correria riscos.
Como evitar: não leve desconhecidos para o quarto onde estão guardados todos os seus bens e não adormeça ao lado de estranhos. Já é um bom começo.
[su_dropcap]10[/su_dropcap] Golpe dos inferninhos
Ainda no mesmo tema do golpe anterior, nós ouvimos alguns casos de caras que eram convidados para “festinhas privadas” em boates, nas quais teriam que pagar apenas a bebida e a farra estaria garantida por conta da casa. Ao receberem a conta, eram cobrados valores astronômicos por essas singelas bebidas.
Diante do susto e da recusa em desenbolsar uma fortuna, as vítimas acabam sofrendo severas ameaças, inclusive ameaças de morte.
Como evitar: não vá a inferninhos, muito menos aqueles que prometem farra gratuita. Existem muitos bares e boates legais na Khao San Road, frequentados por gente do mundo inteiro. Nesses nós nos sentimos extremamente seguros.
Antes de encerrar, é válido dizer que a [link tag=”tailandia”]Tailândia[/link] nos pareceu um lugar bastante seguro. Como já conhecíamos os golpes mais comuns, estávamos sempre atentos, mas não a ponto de ficarmos paranoicos e estragar a nossa estadia nesse país de praias paradisíacas, templos deslumbrantes e pessoas amorosas.
Se você cair em alguma dessas ciladas, não altere o tom de voz e nem parta para a agressão física. Despiste e entre em contato com a polícia turística através do número 1155. Se ainda assim estiver se sentindo injustiçado, peça ajuda à Embaixada do Brasil em Bangkok ou no Consulado de Phuket.
Bom tópico. Apesar de eu nunca ter ido para a Tailândia eu aprecio muito o país e já procurei N coisas relacionadas ao país, inclusive os golpes Uns 2 desta listagem eu não conhecia.
Porém, vou complementar aqui com 2 links para o pessoal ficar esperto, para não estragar a viagem a este país nem “colaborar financeiramente” com essas pessoas desonestas.
Ambos os artigos estão em inglês
http://www.thailandredcat.com/top-10-scams-in-thailand/
http://travelscams.org/asia/common-tourist-scams-thailand/
Sensacional, Cesar! Mesmo escrito em inglês foi uma excelente contribuição. Quem não domina o idioma pode traduzir com o aplicativo do Google Translator e aproveitar a leitura.
Muito obrigada!
Brasileiros são mais espertos nesse sentido. Imaginem os turistas do primeiro mundo.
Fui pra Tailândia em janeiro (2019) com o meu marido… foi a viagem mais perfeita que fizemos. Não tivemos nenhum imprevisto. Programamos o roteiro com bastante antecedência, mas mesmo assim nos informávamos no hotel, antes de dar início a nossa aventura do dia. Passamos um pouco de apuros com a língua no norte da Tailândia. No entanto em Bangkok, Phi Phi e Phuket sempre tinha alguém pra arranhar um inglês ou espanhol… Conheci um povo de uma espiritualidade inimaginável. Pra eles tudo tem uma intervenção divina, por isso respeitam tanto a monarquia deles. Muitos achavam que estávamos em dádiva porque estávamos viajando e pra eles se tratava de uma benção. Quanto as belezas naturais, sinceramente, não tenho palavras…
Ainda não fui a Tailândia mas acho um país belíssimo quanto as pessoas de má fé que existe lá existe em qualquer lugar do mundo.o golpe está aí cai quem quer obrigado pela oportunidade e se meus comentários ajudarem alguém já fico grato.
Pois é, Ronei! Espertinhos existem em qualquer lugar do mundo, mas pessoas boas também, e na Tailândia elas são maioria.
Um país que deixou muitas saudades pra gente, sem dúvidas!