Viajei Bonito

Planejamento de viagens e nomadismo digital

O que eu vou trazer da próxima viagem?

Passagens compradas, hospedagens reservadas, roteiro montado, malas prontas e começa a viagem. Depois de alguns dias (ou semanas ou meses) de passeios, é hora de voltar para casa. E agora, o que trazer da viagem? Desta vez não falo das amizades e experiências, que, claro, vão moldar sua personalidade e te fazer um ser humano mais interessante – me refiro às coisas mesmo. Lembranças materiais, presentinhos para você, não necessariamente que envolvam dinheiro. Aquelas que vão ficar expostas na sua casa e, sempre que você bater o olho, vai lembrar de situações bem especiais vividas por aí. E dá pra ser um pouco mais criativo do que só comprar aquele chaveirinho.

Vou começar a lista com, de tudo que eu já trouxe das minhas trips, o que mais me lembra momentos e histórias marcantes. E o melhor de tudo: a custo zero. Ou relativamente zero, dependendo do ponto de vista. Minha grande carta na manga é a coleção de tampinhas de garrafa. É simples assim: tome uma cerveja , de preferência local, e peça ao garçom a tampa. Pronto. É até provável que neste momento já surja um papo legal. Na volta é só colocar um imãzinho na tampinha (os de neodímio são ótimos para isso) e você acaba de ter um ímã de geladeira personalizadíssimo, só seu. Não precisa de cola, nem de mais nada. Os meus ímãs eu comprei em papelarias e no Mercado Livre. No Aliexpress vende também. Na porta da frente da minha geladeira ficam os ímãs tradicionais, que eu também sempre trago, mas meu xodó mesmo é a coleção na lateral, que já soma bem mais de 200 dessas memórias, expostas na obra de arte contemporânea colorida na minha cozinha.

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Que tal carregar a lembrança de uma viagem massa com você? Pulseiras e tornozeleiras são baratinhas e cumprem bem esse papel. Em qualquer canto do mundo tem um artesão e muitas delas são bonitas, diferentes. A maioria não tem como ser retirada depois de colocada, então os tornozelos são opções bacanas porque ficam menos à mostra em relação aos pulsos e é bem menos provável que você enjoe das suas fitinhas se elas estiverem lá – ou que algum patrão conteste seu estilo. A sociedade ainda tem dessas, né? Algumas vão durar muito tempo, outras, pouquíssimo. Então não se apegue tanto às pulseiras ou tornozeleiras, a vida útil delas é limitada. Eu carrego algumas para passear comigo e aprendi a não sofrer mais quando elas se vão.

Pulseiras e tornozeleiras. De um lado, a Tailândia. Do outro, Canoa Quebrada, Atacama, Mariana, Cidade do México e Salvador
Pulseiras e tornozeleiras. De um lado, a Tailândia. Do outro, Canoa Quebrada, Atacama, Mariana, Cidade do México e Salvador. Créditos: Ulisses Vasconcellos

Mas talvez a experiência em um lugar seja tão incrível que mereça algo maior. E eterno. Na própria pele. Aí entram as tatuagens. Uma tattoo feita na viagem, ou que tenha um significado que remeta a uma, é um dos maiores presentes que você pode se dar, caso curta se rabiscar. Um monumento, uma paisagem, uma frase em outra língua, um traço de outra cultura. A Tailândia está nos seus planos? Já ouviu falar da Sak Yant, a tatuagem sagrada feita ponto a ponto com uma agulha por um monge budista e abençoada por ele? A Gisele fez e já contou aqui no Viajei Bonito como foi. Eu tatuei a Paed Tidt, que tem poderes de proteção a quem viaja, no Sak Yant Chiang Mai e é uma das experiências mais incríveis da minha vida. Recomendo demais. Caso tenha interesse em saber mais, a gente conversa sobra ela.

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Se a sua casa tem uma parede “disponível”, ela pode ser facilmente convertida no seu próximo porta-memórias. Um quadrinho pintado por um artista local ficaria bem exposto nela, tenho certeza. Vários deles então, melhor ainda. Quadros pequenos são baratos, quase não ocupam espaço na mala ou mochila e conseguem traduzir de uma forma bem única as experiências daquele lugar, daquela viagem. Juntas, as imagens passam a contar a sua própria história.

Eu estou namorando uma ideia há um tempo e quero colocar em prática em breve. Um pote transparente, com várias camadinhas de areias de praias diferentes. Pode não parecer, mas os tons das areias variam muito de uma praia para outra e o efeito fica bem interessante. Mais uma opção gratuita. O mais próximo disso que eu já fiz foi trazer uma pedrinha de sal do Salar de Uyuni, na [link tag=”bolivia”]Bolívia[/link].

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Muita gente coleciona miniaturas de monumentos (eu tenho só um, de [link tag=”machu-picchu”]Machu Picchu[/link], e tenho um carinho grande por ele) ou de copinhos de shot. São legais também. Se ao lado do seu copo tiver uma tequila trazida do México, uma vodca russa ou uma cachaça mineira, bem mais massa ainda. Aqueles copos grandes de plástico onde servem cerveja em eventos como jogos da Copa do Mundo e Olimpíadas, UFC e grandes shows também decoram estantes e contam boas histórias.

Miniatura de Machu Picchu, no Peru
Miniatura de Machu Picchu, no Peru. Créditos: Ulisses Vasconcellos

E você, o que curte trazer? Como é o cantinho das suas memórias? Tem velas, pedras, fotos? Eu viajo de novo daqui uns dias e é bem provável que volte com uma tornozeleira nova. Com muitas histórias, tenho certeza. Com muitas tampinhas, também.

Ulisses Vasconcellos

Ulisses é um mineiro, que a vida levou pro Ceará. Jornalista, muito de Humanas, gosta de conhecer gente e lugares pelo mundo. Registra um pouco do que vê por aí no Instagram @ulissesvasconcellos.

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