Você saberia responder a essa pergunta com toda a certeza do mundo ou lhe restaria alguma dúvida? Pode parecer um pouco óbvio demais, mas quando paramos pra pensar, surge a curiosidade. Afinal de contas, existe alguma potência aplicada nas turbinas ou nas hélices que fizesse o avião ter ar suficiente passando pelas asas para se manter no ar, sem que ele se movesse para frente?
Recentemente publicamos um artigo que respondia a uma outra pergunta não muito óbvia, mas que é constantemente levantada em conversas sobre aviação: turbulências podem derrubar aviões? O Viajei Bonito responde mais uma vez.

Arte: um avião parado sobre a cidade movimentada. Adaptação. Créditos: 夏天 e SuperJet International / Fonte: Flickr
Ao contrário do que muitos pensam, a pergunta não é idiota. São várias as situações em que se tem a impressão de que o avião está parado. Pra quem está dentro da aeronave, a velocidade constante em cruzeiros, principalmente à noite, quando não há como ver o chão, passa a impressão de que o avião está simplesmente estacionado.
Também é comum olharmos para um avião decolando e termos a impressão de que ele está devagar, quase parando, por conta do ângulo em que nos encontramos perante a pista de decolagem. Quem frequenta a Linha Vermelha no Rio de Janeiro sentido Zona Norte após passar pelo Fundão, provavelmente já presenciou esse efeito com os aviões decolando do Galeão.
Afinal de contas, os aviões podem parar no ar?
Agora vamos aos fatos. Os aviões voam por conta da sustentação gerada pelo ar que passa pelas asas. Isto é, para que eles se mantenham no alto, é necessário que as turbinas estejam ligadas e criando um grande fluxo de ar pela fuselagem da aeronave. Caso não haja esse fluxo, o avião perde sustentação e despenca.
Logo, é possível ir reduzindo essa velocidade até que ele não se mexa, mas continue sustentado no ar? Na prática isso não acontece, pelo menos na aviação civil. Nos aviões aos quais estamos acostumados a viajar, existe a chamada Velocidade de Estol, que é a velocidade mínima de uma aeronave para que ela se sustente no ar.
Por mais que os aviões reduzam drasticamente sua velocidade durante o pouso, eles ainda mantêm essa Velocidade de Estol. Para quem está olhando para a pista de pouso de longe, a impressão é que o avião está chegando bem devagarinho até pousar suavemente, mas saiba que ele está se deslocando a uma velocidade que varia em torno dos 300 km/h, mas cada modelo trabalha de uma forma.
Se a velocidade mínima para que um avião comercial se mantenha no ar é alta, como dita a Velocidade de Estol, quem dirá reduzí-la a 0 km/h. Seria insustentável mantê-lo assim.
E fim de papo?
Não. Repare que durante o texto fizemos questão de reforçar o fato dos aviões comerciais não terem sustentação suficiente a 0 km/h mesmo com as turbinas ligadas, entretanto, alguns modelos da aviação militar podem, sim, parar no ar!
Um exemplo é o Harrier, da família de jatos militares, capaz de realizar decolagens e pousos verticais. Por ter empuxo vetorado, isto é, um sistema onde suas turbinas apontam para baixo (dica do leitor Juliano Lisboa), ele consegue manter a sustentação através do equilíbrio entre a potência de suas turbinas e a quantidade de ar fluindo por ele.
O vídeo abaixo mostra um Harrier pousando verticalmente.
Esperamos que o Viajei Bonito tenha matado sua curiosidade. Fique ligado no blog, pois sempre trataremos de assuntos assim. Se você tem alguma sugestão ou se gostaria de colaborar com o que dissemos no artigo, deixe nos comentários abaixo.
Até a próxima!
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Adriano Castro

Formado em Ciência da Computação pela UFJF, trabalhou durante 10 anos como analista de sistemas até chutar o balde e tocar a vida como freelancer, carregando seus projetos para onde quer que vá.
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Créditos da imagem de capa: 夏天 e SuperJet International / Fonte: Flickr. Imagem utilizada nas redes sociais: Sebastian Grochowicz / Fonte: Unsplash.
Formato do bico?? kkkkk Não amigo, ele para no ar por ter empuxo vetorado, ou seja possui um sistema onde suas turbinas apontam para baixo dando sustentação, outra aeronave com essa capacidade é o F-35B e seu bico é totalmente diferente.
Olá Juliano! Obrigado pelo comentário! A informação eu havia obtido de várias fontes misturadas, mas me lembro de ter lido isso em um fórum especializado.
Você poderia nos indicar uma outra fonte oficial, especializada, ou até mesmo um profissional da área, para que possamos corrigir o texto?
Muito obrigado!
Bom dia, sou ex-militar da FAB e atualmente sou o correspondente do site aereo.jor.br, aqui na Base aérea de Anápolis. Vou mandar alguns links explicativos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empuxo_vetorial
http://www.aereo.jor.br/2013/08/10/como-funciona-o-sistema-de-pouso-e-decolagem-vertical-do-f-35b/
https://www.youtube.com/watch?v=Xvu2UUo86OQ
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/37/Yak-38_Lift_Engines_NT.PNG
https://pt.wikipedia.org/wiki/BAE_Sea_Harrier
Acredito que com esses links poderá tem mais informações.
Abraços.
Muito obrigado, Juliano! Já atualizamos o artigo, incluindo os créditos pela explicação.
Agradecemos muito por nos apontar o equívoco e esperamos que você continue acompanhando os artigos do blog.
Grande abraço!
Por nada, estou aqui pra ajudar.
Olá, o meu nome é Luiz Henrique também trabalho nessa área de transportes em e achei muito boa a iniciativa, parabéns.