O que fazer em Cochabamba, Bolívia
Você está prestes a conhecer uma das cidades mais subestimadas da Bolívia. Eu mesma não sabia o que fazer em Cochabamba quando cheguei lá, meio que por acaso, a convite de uma conhecida que me chamou para ir com ela à Festa da Virgem de Urkupiña.
Localizada em um vale na Cordilheira dos Andes, Cochabamba é conhecida como “Cidade da Eterna Primavera” e “Cidade Jardim” devido às suas temperaturas amenas durante todo o ano. E pelos canteiros cheios de flores que embelezam praças, ruas e avenidas.
Pela descrição, você pode ser levado a pensar que ela é pura calmaria, mas não. Cochabamba é uma cidade universitária que atrai muitos estrangeiros, especialmente brasileiros, que são cativados pela possibilidade de ingresso mais fácil e pelo baixo valor das mensalidades da Faculdade de Medicina. E com os estudantes, chegam as festas!
E tem muito mais que isso! Através deste artigo você vai conhecer os principais pontos turísticos de Cochabamba, bem como informações úteis sobre como chegar, onde ficar e como planejar a sua viagem.
Boa leitura!
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Como chegar a Cochabamba
Resumidamente, existem três formas de chegar a Cochabamba: avião, ônibus e carro.
Avião
O Aeroporto de Cochabamba, cujo nome oficial é Aeroporto Internacional Jorge Wilstermann, é um dos maiores, mais importantes e modernos do país. No entanto, ainda não há voos do Brasil direto para lá.
Recomendo que você pesquise voos para Santa Cruz de la Sierra e La Paz e a partir dessas cidades, pegue outro voo ou siga por viagem terrestre. Independentemente de qual das duas você sair, a viagem durará cerca de 8 horas.
Ônibus
Viajar de ônibus pela Bolívia requer uma boa dose de paciência. Primeiramente, poucas empresas são informatizadas e só vendem passagens nos terminais rodoviários. Outro problema comum é que as viagens costumam atrasar bastante.
Mas por ser a terceira maior cidade da Bolívia, não é difícil achar passagens para Cochabamba. Viaje sempre com empresas confiáveis, com guichês nos terminais. Jamais embarque em vans e ônibus clandestinos, pois estes não passam por fiscalização e estão em péssimo estado de manutenção, oferecendo riscos à sua vida.
Carro
Se você estiver viajando em grupo, alugar um carro pode ser uma boa ideia. Não é a opção mais barata, mas a liberdade que o veículo proporciona não tem preço.
As condições das estradas não são boas, mas a paisagem é magnífica. Por esses dois motivos, aconselho que você dirija durante o dia.
💡 DICA DE OURO!
Se você optar por alugar um carro na Bolívia, recomendo que reserve diretamente com a Rentcars, pois o valor final já inclui proteção do veículo, proteção contra roubo e todas as outras taxas da locadora. Isso evita que você caia em ciladas e pegadinhas.
Para melhorar, a reserva é gratuita e você só paga quando retirar o veículo, podendo parcelar em até 12x sem juros! Sem IOF!
Melhor época para ir a Cochabamba
A melhor época para viajar para Cochabamba é entre abril e outubro, durante a estação seca, que favorece passeios ao ar livre. A temperatura, no entanto, é sempre amena, numa média próxima aos 20°C.
Particularmente, eu sugiro que você vá a Cochabamba durante a Festa da Virgem de Urkupiña, que acontece no dia 15 de agosto. É uma celebração linda, com desfiles em trajes típicos, danças tradicionais e rituais religiosos. Muito especial!
Qual a altitude da cidade de Cochabamba?
Cochabamba está a 2.558 metros acima do nível do mar. Algumas pessoas podem começar a sentir os sintomas do soroche quando chegam à cidade. Neste caso, o ideal é diminuir o ritmo dos passeios, ingerir bastante líquido (principalmente chá de coca) e comer alimentos leves.
Quantos dias ficar em Cochabamba
2 dias é tempo suficiente para conhecer os principais pontos turísticos de Cochabamba com tranquilidade.
Porém, se você tiver mais tempo, vale a pena fazer uma excursão para o Parque Nacional de Toro Toro, um dos maiores sítios arqueológicos da América do Sul, onde foram encontrados milhares de pegadas e fósseis de dinossauros, além de pinturas rupestres. A paisagem é espetacular! Compensa cada centavo investido!
Onde ficar em Cochabamba
O Centro Histórico é, sem dúvidas, a melhor localização para se hospedar em Cochabamba se você estiver viajando a passeio, já que os principais pontos turísticos da cidade se concentram nesta região.
Eu me hospedei no Hostel Running Chaski, que fica a poucos passos do Museu e Convento de Santa Teresa, da Plaza 14 de Septiembre, entre outros lugares interessantes para visitar em Cochabamba.
Além da excelente localização, a estrutura é ótima, com quartos climatizados e espaçosos, camas confortáveis, banheiros limpos, cozinha bem equipada e diferentes ambientes para integração entre os hóspedes. A única coisa que pegou foi a internet instável, mas isso é uma constante na Bolívia.
Como se deslocar em Cochabamba
Para quem se hospeda no Centro Histórico, a melhor maneira de se deslocar por Cochabamba é a pé. O Uber ainda não opera por lá, mas o InDriver sim.
Quanto ao transporte público, ele é composto pelos icônicos ônibus coloridos (chamados por eles de “micro”) e pelas vans (que lá se chamam “trufi”). É um pouco confuso porque nem sempre há um ponto de parada para subir e descer.
Sabendo disso, recomendo de antemão baixar o aplicativo Trufi. Com ele, basta você colocar o endereço de onde está e para onde quer ir, que automaticamente ele te mostra qual transporte você deve tomar e onde você deve pedir para descer. Mais uma vez a conexão à internet se torna indispensável, pois o aplicativo não funciona offline.
Mapa turístico de Cochabamba
Para facilitar o planejamento da viagem, aqui está um mapa com os pontos turísticos de Cochabamba, o hostel onde me hospedei e a marcação do terminal rodoviário. Você pode baixar para usar offline, só não fique dando bobeira com o celular na mão pelas ruas da cidade.
O que fazer em Cochabamba
Cochabamba é uma cidade encantadora que oferece uma combinação de história, cultura e natureza. Com edifícios centenários bem preservados, festivais animados e belas paisagens, a cidade consegue agradar diferentes tipos de viajantes.
A seguir, uma lista detalhada com o que fazer em Cochabamba.
Plaza 14 Septiembre
A Praça 14 de Setembro é um dos principais pontos turísticos de Cochabamba, com grande importância histórica. Leva esse nome por causa da revolta de 1810 para reivindicar a independência em relação à Espanha.
Bem no centro da praça, no ponto de maior destaque, está o monumento que chamam de Coluna dos Heróis. Trata-se de um obelisco de pedra com os nomes dos cochabambinos que participaram dessa revolução, como uma forma de honrá-los.
E ao lado está a Fonte das Três Graças, uma escultura trazida da França com a representação de três mulheres simbolizando divindades da mitologia grega: Áglae, deusa da beleza e do esplendor; Talía, de teatro e festividades; e Euphrosyne, de júbilo e felicidade.
Ao redor dela se encontram alguns edifícios importantes, como a Prefeitura Municipal, a Câmara, o antigo Banco Nacional da Bolívia e a imponente Catedral Metropolitana.
Justamente por estar cercada por prédios governamentais, a praça foi e ainda é palco de manifestações políticas. Inclusive, eu presenciei alguns protestos pacíficos enquanto estava lá.
Em alguns aspectos, a Praça 14 de Setembro lembra muito as pracinhas das cidades interioranas no Brasil, com crianças vestidas em seus uniformes escolares correndo pra lá e pra cá, adolescentes em conversas descontraídas, homens lendo jornais enquanto engraxates restauram os seus sapatos, mulheres fazendo crochê e pombos comendo migalhas pelo chão. Muitos pombos!
Catedral Metropolitana Basílica de San Sebastián
Localizada na Plaza 14 de Septiembre, a Catedral Metropolitana de Cochabamba é o templo católico mais importante da cidade e apresenta uma mistura de estilos arquitetônicos, incluindo o barroco mestiço e o neoclássico, com alguns elementos indígenas agregados à fachada.
Ainda do lado de fora, podemos observar a torre do relógio de 38 metros de altura, que pode ser vista a partir de vários pontos da cidade. E se você estiver com a curiosidade de saber se ele ainda marca a hora certa, a resposta é NÃO.
Bem, o interior da catedral também é um arraso, com altares ricamente decorados e obras de arte religiosa retratando cenas bíblicas, querubins e imagens de santos.
Horário de visitação: de segunda a sábado, das 8h às 20h; domingo, das 8h às 13h30.
Horários de missas: de terça a sábado às 8h; domingo às 8h e às 11h.
Museo Arqueológico de la UMSS
O Museu Arqueológico da Universidade Maior de San Simón conta atualmente com aproximadamente 40.000 divididas em três salas:
Sala paleontológica: exibe em ordem cronológica uma coleção de fósseis de diversas espécies animais que existiram antes da presença humana, proporcionando uma visão fascinante da evolução da vida não apenas em Cochabamba, mas também em outras regiões da Bolívia. É uma oportunidade única para explorar o passado distante e descobrir mais sobre as antigas criaturas que habitaram a região.
Sala arqueológica: aproximadamente 2.000 objetos dos povos pré-colombianos expostos de maneira cronológica, incluindo utensílios de pedra e osso, cerâmica, materiais têxteis, metais, múmias, esculturas de pedras representando divindades, entre outros.
Sala Etnográfica: apresenta materiais do cotidiano de etnias e grupos amazônicos e do chaco boliviano, muitos deles passando por processo de aculturação.
São oferecidas visitas guiadas em espanhol, inglês e quíchua.
Horário de visitação: de segunda a sexta, das 8h30 às 18h; sábado, das 8h30 às 12h.
Preço: 25 bolivianos.
Antes de continuar a leitura, que tal ver as nossas fotos no Instagram?
Igreja e Museu Convento de Santa Teresa
Confesso que a visita ao Convento de Santa Teresa não me fez bem, eu saí de lá revoltada. Não vou dar spoiler para não estragar o seu passeio, que você deveria fazer para entender o que acontecia com as meninas que viveram neste lugar e de lá nunca mais puderam sair.
Assim como outras igrejas de Cochabamba, essa também segue o estilo barroco. O convento é bastante amplo, tem vários andares, que visitamos durante o tour para ouvir as barbaridades, digo, curiosidades sobre o funcionamento do lugar e a rotina das irmãs pertencentes à ordem das Carmelitas Descalças.
Durante o passeio, visitamos os claustros, as capelas internas, vimos alguns instrumentos de tortura usados contra as irmãs que tinham surtos psicológicos ou atos de rebeldia, mas também algumas coisas interessantes, como um armário repleto de alquimias com centenas de anos de existência e também uma fábrica de velas.
A igreja é inegavelmente muito bonita, com sua enorme cúpula circular que oferece luz natural, destacando as pinturas religiosas e os elementos decorativos no interior do templo.
Horário de visitação: de segunda a sábado, das 8h às 12h e das 14h às 18h.
Preço: 20 bolivianos.
Plaza Colón
Ainda no Centro Histórico, a Plaza Colón é mais um espaço arborizado e bem cuidado, com uma bonita fonte no canteiro central, onde os moradores locais gostam de passar tempo e bater papo.
Ao redor dessa praça encontram-se alguns ótimos bares e restaurantes, além de caixas eletrônicos e outros serviços úteis para viajantes.
El Hospicio
Em espanhol, “hospício” se refere a casas de repouso, não necessariamente dedicadas a pessoas com distúrbios psíquicos, tem mais a ver com um espaço para cuidar de pessoas idosas e enfermas.
E como parte desse lugar, foi erguida uma capela, que posteriormente se transformou nessa charmosa igreja de adobe em estilo neoclássico, com rica ornamentação barroca e alguns elementos bizantinos.
Horários de missas: de segunda a sábado, às 11h e às 19h; domingos, às 7h30, 10h30, 12h e 19h.
Preço: entrada gratuita.
Paseo El Prado
O Paseo El Prado é o pulmão de Cochabamba. Um calçadão com muitas árvores, canteiros cheios de flores e algumas fontes de água iluminadas com led.
Andando por aqui a gente vê claramente a transição entre o Centro Histórico, com suas construções coloniais, para a área mais moderna da cidade, com edifícios bem altos e espelhados.
O passeio termina na Plaza de las Banderas, que representa a união dos povos americanos, exibindo a bandeira de cada um deles. Vira e mexe acontece algum evento por ali.
Palacio Portales
Muitos viajantes negligenciam o Palacio Portales quando estão escolhendo quais pontos turísticos de Cochabamba irão visitar.
Esta é uma mansão opulenta construída em 1927 pelo milionário boliviano Simón Patiño, conhecido como “o barão do estanho”, e foi projetada pelo renomado arquiteto francês Eugene Bliault.
Para se ter uma ideia da grandiosidade, imagine um palácio em estilo europeu, com materiais de alta qualidade importados da Europa, como mármore de Carrara, madeira francesa e tapeçarias italianas.
Os jardins e o exterior foram inspirados no Palácio de Versalhes, enquanto a sala de jogos imita a Alhambra de Granada e o salão principal reflete o design da Cidade do Vaticano.
É possível fazer um tour guiado em inglês ou espanhol, que dura cerca de uma hora. Um programa muito interessante para quem curte saber histórias e curiosidades sobre os lugares que visita.
Horário de visitação: de terça a sexta, das 15h às 18h30; sábado e domingo, das 9h30 às 11h30.
Preço: acesso gratuito aos jardins e 20 bolivianos para conhecer o interior do palácio.
Cristo de la Concordia
Assim como no Rio de Janeiro, o principal cartão postal da cidade é uma estátua gigantesca do Cristo.
E sinto muito em informar, mas o Cristo de la Concordia desbanca o Redentor no que diz respeito à altura. O Cristo de Cochabamba é o mais alto do mundo, com 40,44 metros.
Para chegar lá, você tem a opção de pagar os seus pecados subindo 1.250 degraus ou subir no conforto de um teleférico enquanto contempla a vista e se apieda dos que estão subindo a pé.
E aqui, lembre-se do conselho da sua mãe e leve um casaco. Quem vê minhas fotos de vestidinho, não imagina o frio que eu estava passando. Lá em cima venta muito! Mas a vista é sensacional, principalmente durante o pôr do sol.
Horário de visitação: todos os dias, das 8h às 19h30.
Horário de funcionamento do teleférico: de terça a domingo, das 10h às 17h.
Preço: a entrada gratuita, porém o custo do teleférico é de 13 bolivianos para subir e descer.
Parque de la Familia
Seu grande atrativo são as fontes interativas, que fazem a alegria dos pequenos. E embora funcione durante todo o dia, é à noite que a magia acontece.
As fontes são iluminadas com luzes de led que mudam de cor e dançam no ritmo das músicas, enquanto vídeos de Cochabamba e da Bolívia são projetados no telão.
O espetáculo dura aproximadamente 30 minutos, sendo que o primeiro começa às 20h e o segunda às 21h30.
Horário de visitação: de terça a domingo, das 14h às 22h.
Preço: 8 bolivianos.
Mirador de Cochabamba
O relevo de Cochabamba propicia a formação de mirantes, de onde se pode ter uma vista magnífica de toda a cidade, que fica ainda mais bonita à noite, sob a luz do luar.
Eu sempre recomendo sair com outras pessoas, principalmente para lugares desse tipo. Eu fui com outros viajantes que estavam no mesmo hostel que eu. Compramos algumas bebidas no caminho e partimos.
Não se esqueça do agasalho, porque as noite em Cochabamba são frias e o vento é cortante!
Mercado La Cancha
Este é um lugar que não pode ficar de fora da sua lista com o que fazer em Cochabamba! E acho bom você reservar ao menos uma tarde inteira para andar pelas ruas, olhar os produtos com calma e comer alguma coisinha se você tiver vontade (e coragem).
Bem, o que chamam de Mercado La Cancha na verdade é um conjunto de cinco mercados, sendo o principal deles o Mercado La Pampa. Quando estiver procurando no Google Maps, é esse nome que você tem que digitar. Fica a dica!
E aqui você encontra de tudo: roupas, sapatos, artesanatos, instrumentos musicais, comidas típicas, cosméticos de procedência duvidosa e até carros usados.
Mantenha cuidado redobrado com os seus pertences! Ande com a bolsa na frente do corpo e nem pense em dar bobeira com o celular. A mão leve corre solta por aqui!
Roteiro de 2 dias em Cochabamba
Depois de mostrar a você o que fazer em Cochabamba, resolvi disponibilizar o roteiro que eu fiz durante a minha estadia na cidade, com os pontos turísticos que me interessavam. Adapte como quiser, você já tem um mapa para te auxiliar.
1º dia
- Plaza 14 Septiembre
- Catedral Metropolitana
- Museo Arqueologico de la UMSS
- Museo Convento Santa Teresa
- Mercado La Cancha
- Mirador de Cochabamba
2º dia
- Plaza Colon
- El Hospicio
- Paseo El Prado
- Palacio Portales
- Cristo de la Concordia
- Parque de la Familia
Vida noturna em Cochabamba
Há muito o que fazer em Cochabamba durante o dia, mas também à noite. Por ser uma cidade universitária, a vida noturna é vibrante, com vários bares e boates animados.
Segura esta lista:
- Calle España: é a rua onde fica o Running Chaski, conhecida entre os cochabambinos pelos bares e boates (mas esse barulho não chega ao hostel e não atrapalha o soninho de ninguém). Após às 21h o movimento começa a ficar mais intenso, você encontrará uma atmosfera animada, com pessoas aproveitando a música, dançando e socializando.
- Parlana: essa é uma experiência muito interessante. Ao chegar, você cola na sua roupa as bandeirinhas referentes aos idiomas que você fala e assim, entre uma música e outra, um drink e outro, você pode conversar (e flertar) em diferentes línguas. Ou com diferentes línguas, se é que você me entende.
- Mandarina Lounge: fomos a este lugar depois da Parlana, às 3h da manhã de uma quarta-feira. Eu poderia dizer que o lugar é bacana, com boa estrutura e músicas animadas, mas quem chega a uma festa a essa hora não está muito preocupado em ser criterioso, né?
Viaje tranquilo para Cochabamba
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Agora que você já sabe o que fazer em Cochabamba, onde ficar e como se deslocar na cidade, que tal conhecer outros destinos na Bolívia e planejar o seu itinerário?
Gisele Rocha
Formada em Comunicação Social pela UFJF. Andou meio mundo tentando descobrir o que queria fazer, até descobrir que queria mesmo era andar pelo mundo.