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Cachoeira Santa Bárbara, Chapada dos Veadeiros: como fugir do tumulto

“Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Nunca um ditado popular se encaixou tão bem quanto na nossa preparação para conhecer a Cachoeira Santa Bárbara, a mais visitada da [link tag=”chapada-dos-veadeiros”]Chapada dos Veadeiros[/link], um paraíso natural localizado em [link tag=”goias”]Goiás[/link].

É que a nossa viagem foi organizada às pressas, não tivemos tempo para pesquisar a fundo sobre cada cachoeira e assim planejamos o nosso roteiro seguindo a nossa intuição, nos baseando também em experiências anteriores.

Nos inteiramos sobre a melhor época para ir à Chapada dos Veadeiros a fim de fugir das chuvas. Além disso, evitamos o período de férias, feriados e fins de semana, mas mesmo assim encontramos a Cachoeira Santa Bárbara com bastante gente. Segundo a nossa guia, aquela quantidade de pessoas não chegava nem perto do mundaréu de turistas que se aglomeram ali na alta temporada. Perguntamos se havia uma forma de encontrar o lugar mais vazio e ela nos passou algumas dicas, as quais não pretendemos manter em segredo.

Como fugir do tumulto na Cachoeira Santa Bárbara, Chapada dos Veadeiros

A Cachoeira Santa Bárbara tem 30 metros de altura e chama atenção pelo poço de águas cristalinas em tons de azul turquesa, acessível apenas por meio de trilhas que cruzam paisagens típicas do cerrado. Está na lista de cachoeiras mais bonitas do Brasil e se tornou a mais procurada da Chapada dos Veadeiros, tanto que agora seu acesso é controlado. Apenas 50 pessoas podem visitá-la simultaneamente, com número máximo de 300 visitantes por dia.

EXPECTATIVA :)

Cachoeira Santa Bárbara na Chapada dos Veadeiros
Cachoeira Santa Bárbara na Chapada dos Veadeiros. Créditos: Adriano Castro

REALIDADE :(

Cachoeira Santa Bárbara lotada na Chapada dos Veadeiros, Goiás
Cachoeira Santa Bárbara lotada na Chapada dos Veadeiros, Goiás. Créditos: Adriano Castro

Encontrá-la totalmente deserta é tarefa difícil, mas você tem mais chances de obter sucesso se seguir estas dicas:

  • Fuja do período de férias, entre julho e primeira quinzena de agosto.
  • Evite feriados, quando o ingresso se esgota antes das 9h da manhã.
  • Programe-se para ir durante as terças, quartas e quintas e evite as segundas-feiras, quando o Parque Nacional está fechado e boa parte dos visitantes se debandam para a Cachoeira Santa Bárbara.
    Chegue bem cedo (antes das 8h) ou no meio da tarde (após às 14h, caso não seja período de férias ou de feriado nacional). Nossa guia nos disse que depois do almoço as pessoas começam a ir embora e que os grupos param de chegar, e foi exatamente o que constatamos durante o nosso passeio.
  • Visite primeiro as outras cachoeiras. Se você não conseguiu chegar à bilheteria antes das 8h da manhã, mude a rota e passe pela Cachoeira da Capivara e Canduru primeiro. Curta bastante as outras quedas d’água e vá para a Santa Bárbara depois das 14h.
  • A melhor época para visitar é durante o período seco, que vai de maio a setembro. As águas estão mais cristalinas e o risco de tempestades é reduzido. Há pouco tempo um grupo de turistas viveu momentos de pânico durante uma tromba d’água na Cachoeira Santa Bárbara, então não dê bobeira. Se notar qualquer sinal de chuva, vá embora!

Como chegar à Cachoeira Santa Bárbara

De carro

A Cachoeira Santa Bárbara pertence à comunidade Kalunga, o maior grupo quilombola remanescente no Brasil. O acesso a partir de [link tag=”cavalcante”]Cavalcante[/link] começa em via asfaltada e termina com 27km de estrada de chão, em boas condições na maior parte dos trechos. Disseram que até pouco tempo atrás era necessário cortar um rio, hoje isso não acontece mais.

Chegando ao estacionamento você escolhe entre rodar mais 4km em uma estradinha totalmente esburacada ou pagar R$10 para ir e voltar no pau-de-arara. Nós estávamos em um carro popular alugado e escolhemos a primeira opção, mas não recomendamos para motoristas inexperientes.

De carona

Até onde sabemos, não há ônibus que leva até a comunidade onde fica a Cachoeira Santa Bárbara, mas é comum ver pessoas pegando carona na estrada. Há inclusive alguns grupos no Facebook com essa finalidade. Os mais ativos são: Conexão Chapada dos Veadeiros e Carona Solidária Chapada dos Veadeiros.

Onde se hospedar próximo à Cachoeira Santa Bárbara

Nós optamos por fazer base em Cavalcante e não nos arrependemos. Ficamos na [bookinglink id=”2089563″ text=”Toca da Raposa”], mas também recomendamos a [bookinglink id=”537194″ text=”Pousada Manacá”].

Há também quem escolha acampar na comunidade quilombola Engenho II para acordar antes do sol raiar e partir bem cedo para as cachoeiras. Nesse caso, indicamos o [bookinglink id=”2327489″ text=”Espaço Santa Barbara”], que além do espaço para barracas, conta também com quartos privativos e compartilhados. Todas as opções citadas oferecem conexão wi-fi gratuita.

Informações úteis

Horário de funcionamento: Todos os dias, das 8h às 17h. Última entrada às 15h.

Preço: R$20 por pessoa para visitar a cachoeira Santa Bárbara + R$10 para Capivara e R$10 para Candaru.

Necessidade de guia: Sim, é obrigatório. E é preferível contratar um guia da comunidade Kalunga na bilheteria do lugar. O custo é de R$100 (Santa Bárbara + Capivara) ou R$150 (+Canduru) e pode ser dividido por até 4 pessoas.

Distância e tempo de caminhada: A trilha que leva até a Cachoeira Santa Bárbara tem aproximadamente 1,8km a partir do estacionamento. Percorremos essa distância calmamente em meia hora, parando para tirar fotos e tomar água.

Nível de dificuldade: Fácil, uma parte das trilhas é de terra batida e a outra tem degraus de pedras. Há partes que cortam pequenos trechos de água, mas não molham nem as botas. Cordas e corrimãos ajudam na travessia.

Infraestrutura: Há banheiros, lojinha de conveniência, lanchonetes e restaurantes ao redor da bilheteria. O almoço custa R$30 por pessoa e deve ser reservado antes de começar o passeio.

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Leia mais sobre nossa viagem pela Chapada dos Veadeiros

Gisele Rocha

Formada em Comunicação Social pela UFJF. Andou meio mundo tentando descobrir o que queria fazer, até descobrir que queria mesmo era andar pelo mundo.

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