Como chegar a Machu Picchu gastando apenas 1 dólar
Você já viu por aqui no Viajei Bonito diversas formas de chegar a Machu Picchu, a Cidade Perdida dos Incas, no Peru. Excluindo o valor do ingresso, um transporte até lá pode custar entre 26 e 480 dólares – de acordo com a rota e meio de transporte escolhidos. Mas quando a gente acha que já viu de tudo, vem um mochileiro e mostra que sempre é possível baratear até as alternativas mais em conta. Foi o que provou o casal londrino Andrew e Emily, do blog Along Dusty Roads, que chegou até lá num trajeto que custou apenas 1 dólar!
A solução para os orçamentos apertados, porém, não serve para qualquer viajante, pois exige cerca de dez horas de uma caminhada puxada, uma certa preparação física e envolve alguns riscos. O casal garante que vale a pena, por isso fizemos um apanhado geral para você se decidir, baseado na sua disposição e no seu bolso. Vai encarar?
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As trilhas de Ollantaytambo
É por ela que você terá que caminhar para chegar ao seu destino final gastando pouco mais de R$ 3. Esse é o valor do ônibus que lhe deixa na cara do gol, ou no ponto de partida da trilha: o quilômetro 82. O busão sai diariamente da cidade de Ollantaytambo a partir das 5h30. E o lance é sair bem cedo mesmo, entre 5h30 e 6h, para não correr o risco de anoitecer ou algum imprevisto atrapalhar os planos. São 28 quilômetros de caminhada, que levam entre 9 e 11 horas, a depender do seu ritmo!
Peça ajuda ao motorista para descer no ponto certo e o início da trilha é fácil de ser encontrado. Na dúvida, sempre há moradores locais por perto que podem confirmar o caminho. A demarcação também é clara e evidente durante todo o tempo. É importante seguir a linha do trem com o vale sempre à sua esquerda, até ver o primeiro conjunto de ruínas incas à direita.
De acordo com o relato dos mochileiros que já encararam a aventura, esse inicinho da caminhada merece um alerta, já que, por questões de segurança, não é permitido caminhar ao longo da faixa do trem. Vigias da linha férrea fazem rondas em alguns momentos e o conselho dado por Emily é: “caso cruze com algum, diga que se perdeu do seu grupo Inca Trail e o ponto de encontro combinado é numa ponte logo abaixo da linha”.
Metade da viagem margeia os trilhos, o que exige atenção e cuidado. Há espaço suficiente para caminhar ao lado da linha e não correr o risco de ser atropelado pelo trem, já que o trajeto está ativo em ambos os sentidos. E um alento para os aventureiros que optarem pela trilha de Ollantaytambo é que, a cada quilômetro do caminho, há sinalização. Você começa no km 82 e termina no km 110, já em Águas Calientes.
O mais impressionante do caminho é a mudança de paisagem, ora montanhosa com vegetação exuberante, ora de pequenos povoados ou ruínas. Outros dois pontos de atenção são os sete túneis do caminho e os inúmeros cachorros que vagam pela região. Emily ganhou uma mordida de presente. Logo, tome cuidado! E nunca deixe de fazer o seguro saúde! Veja os motivos pelos quais recomendamos o seguro-viagem para viagens na América do Sul.
Em Águas Calientes
A partir do Km 109 já é possível avistar Águas Calientes. Na cidade, procure um hostel bem em conta para descansar e preparar a caminhada até Machu Picchu no dia seguinte. Nós recomendamos o [hostelworldlink id=”61380″ text=”Pakarina”].
Há um ônibus que faz o trajeto até a Cidade Sagrada, mas o itinerário leva 20 minutos e custa 12 dólares. Valor alto para quem tem um baixo orçamento. Com no máximo 1h30 de caminhada (bem puxada, é verdade), é possível chegar até lá. Para quem já andou cerca de dez horas, não será grande sacrifício após boa noite de sono.
Os portões de Machu Picchu abrem às 6h. Logo, faça como no dia anterior e comece a trilha bem cedo. Siga a mesma estrada usada pelo ônibus por cerca de 20 minutos. Após a ponte, vire à direita e siga por uma passagem estreita e bem demarcada. Em algum momento, o caminho se tornará íngreme e de pedra. Não duvide que o visual da chegada vai valer a pena!
Como chegar em Ollantaytambo?
A partir de Cusco, há ônibus coletivos que saem da Calle Pavitos. Em grupos maiores, pode até valer a pena combinar um valor bem em conta com um taxista. A cidade é a única da era inca ainda habitada e tem tantos encantos que Andrew e Emily até recomendam passar ao menos um dia inteiro conhecendo as ruínas e o sítio arqueológico antes de iniciar a caminhada para Machu Picchu.
O que levar na mochila para fazer a trilha?
Para a caminhada, Andrew e Emily sugerem a compra de suprimentos em Ollantaytambo em quantidade suficiente para todo o período do trekking. O ideal é levar frutas e sanduíches, evitando tudo o que precise ser preparado posteriormente, pois a estrutura é ruim. Além disso, uma ou duas mudas de roupa, kit de primeiros socorros, produtos de higiene pessoal, dinheiro e documento são ideais.
Atenção: a rota só é recomendada para quem está acostumado a percorrer longas distâncias a pé.
Onde se hospedar próximo a Machu Picchu
A cidade mais próxima a Machu Picchu é Aguas Calientes. É lá que os aventureiros pernoitam antes do grande dia de conhecer a Cidade Perdida dos Incas.
A minha sugestão para quem quer pagar pouco e ficar em um hotel bem localizado é o [bookinglink id=”2050589″ text=”Andino Hotel”]. Estão a poucos passos da estação e do ponto de onde saem os microônibus para Machu Picchu, além disso, oferecem café da manhã gratuito.
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