De Bike Pela Estrada Real – Dia 5: Tudo que sobe, desce
O dia começou em Capela do Saco com o céu fechado e aquele cansaço que tenta atrasar a gente, mas hoje eu sabia que vinha algo especial pela frente.
Carrancas me esperava, e, no meio do caminho, a tal Serra que todo mundo descreve como linda e impiedosa.
Mal tomei o café e já sentia a curiosidade me puxar estrada acima. Eu só não imaginava que esse seria um dos trechos mais intensos e marcantes de toda a viagem.
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Dia 05: Capela Do Saco e Carrancas
Total: 31 km
Amanheceu frio e nublado. Sinto-me cansado e com preguiça, mas logo me lembro do destino de hoje e me animo. Tomo café da manhã bem reforçado e parto para mais um dia de pedal.
O dono da pousada me alertou sobre os dois caminhos para se chegar a Carrancas. Um pelo asfalto e o outro pela temida Serra de Carrancas.
Claro que optei pela serra. Não faria sentido ir pelo asfalto e deixar a “majestosa” de lado. Então, rumo à Serra!
A estrada de Capela do Saco é muito boa. Larga e com muitas descidas. O problema é que no final das descidas sempre tem mata-burros na vertical! Freia-se tudo, passa empurrando e depois volta ao pedal…
Quando você chega na “entrada da serra”, uma placa já te recebe com os seguintes dizeres: “Só sobe carro 4X4” Yeah!!!
Até o momento eu agradeço pelo tempo nublado. A subida é tensa! Praticamente toda subida é empurrando a bike. A vantagem de empurrar é que você repara melhor a sua volta. Sozinho. Ninguém. Só você.
Durante a subida encontro com cachoeiras ao lado da estrada. Largo a bike e vou observar aquelas águas límpidas e geladas! Faço um descanso e depois continuo a procissão rumo ao topo.
Foram quase duas horas só de subida. Na maioria das vezes, empurrando. Como a paisagem é sensacional, vale a pena passar pela serra. O visual é surreal!
Já na parte de cima, e alguns minutinhos de pedal, você já começa enxergar Carrancas. Um alívio, rs. Comecei a ficar ansioso e a pedalar mais rápido, mas logo me contive. “Pra quê essa pressa rapaz?! Aprecie a paisagem e deixa a bike fazer o resto”. Coloco um reggaezim pra tocar. Vooooa…
Tudo que sobe, desce.
E lá vou eu sentido Carrancas! Descida tranquila que te leva bem na entrada da cidade. Aproveitei que tinha um posto de gasolina e já mandei um jato de água na relação da velha e boa mongoose. Pronto. Ela já está de banho tomado. Agora só falta eu.
Já está próximo de meio dia e será ótimo encontrar os amigos que estão em algum lugar de Carrancas.
Como eu disse no post anterior, é feriado de Corpus Christi e a cidade está em festa. Aliás, peguei bastantes comemorações nas outras cidades que passei.
Chego à Hospedaria Vó Zazá e não tem ninguém. Arrumo minhas coisas, tomo banho, lavo praticamente todas as roupas e saio sozinho para almoçar… Não espero cinco minutos e chega todo mundo.
Surpresos, maravilhados com a cidade, ansiosos pelas histórias, secos em uma cerveja! Faço minha refeição (macarrão, claro!) e vamos a um boteco com televisão para assistir algum jogo da copa. Ah! Tá tendo Copa!
Tirei o sábado para descansar. Aproveitamos para tomar banho de cachoeira, passear e no domingo cedo sigo viagem. Eu aqui e eles lá, no sentido contrário.
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Não vejo nenhum problema em viajar sozinho, mas os dias passados em boas companhias me alimentaram a alma e de certa forma me fizeram lembrar quem eu sou e o que estou fazendo ali.
Viajando de bike, sem pressa, conhecendo lugares e pessoas (você nunca está sozinho, lembre-se disso!). A partir de Carrancas eu tive certeza.
Falta muito, mas meu destino final é Paraty! Domingo a programação vai ser Carrancas – Traituba – Cruzília, aproximadamente 70 km.
Sempre em paz.
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Rafael Barletta
Possui bacharel e licenciatura em Geografia. Leciona para os ensinos médio e fundamental de escolas públicas e particulares. Gasta todo seu salário no mundo duas rodas e em viagens. Não dispensa um feriado.

Show de bola essas pedaladas. To amando