De Bike Pela Estrada Real – Dias #3 e #4: Sozinho não. Desacompanhado…
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Dia 03: Prados (MG) – Tiradentes (MG) – São João Del Rei (MG)
Total: 33 Km
Hoje as pernas estão cansadas. Ainda bem que o trecho será curto, mas nada fácil! O dia está frio, porém ensolarado e logo esquenta.
Existem dois caminhos para ir de Prados a Tiradentes. O primeiro por Bichinho, distrito de Prados, ou pela Serra de São José. Optei pela serra por ser um trajeto mais bonito. Escapar do calçamento de Bichinho vai ser lindo!
A “Estrada Parque” adentra a APA (Área de Proteção Ambiental) da Serra de São José que apresenta pouco movimento. A estrada segue no sopé da serra e a sua esquerda você enxerga um grande vale, que no momento estava encoberto pela neblina. Foi um dos trajetos mais bonitos de toda a viagem.
Ao chegar a Tiradentes, não hesitei em parar, pois já conheço essa cidade e segui direto para São João Del Rei. A estrada segue em calçamento (em bike rígida, dói! rs) até próximo ao marco zero da Estrada Real. A cachoeira que fica ali estava com o volume d’água bem baixo. Nada interessante que me fizesse parar para observar…
Mais 20 min. de pedal pelo asfalto, chego ao meu destino final. Fiquei hospedado na república de três futuras atrizes com o seu cachorrinho Thor! Uma delas, a Fabiane, amiga de Ouro Branco e uma das estudantes, emprestou um cantinho para passar a noite e de quebra, o tanque de lavar, a secadora e um almoço delicioso. Obrigado meninas! (Nesse dia eu não resisto e tomo minha primeira cerveja!)
Dia 04 – São João Del Rei (MG) – São Sebastião da Vitória (MG) – Caquende (MG)
Total: 56 Km
Ao sair de São João Del Rei, segui pela BR 265 até o povoado do Rio das Mortes. A BR foi um caos total. Muito movimentada e sem acostamento.
No pequeno povoado, a Estrada Real volta com seu sossego, porém, com subidas! Esse trecho passa por muitas fazendas e está bem sinalizado. São quase 30 km sem um lugar para apoio. Leve comida!
Chegando a São Sebastião da Vitória, resolvo parar para almoçar. (Nos dias anteriores eu não estava almoçando porque tinha medo de passar mal). Um PF de 15 reais e em 40 min. já estou de volta. O arrependimento bateu por não ter almoçado nos dias anteriores… em vez de passar mal, passei super bem! Tive mais energia para pedalar a tarde e fiquei satisfeito com o resultado.
A partir desse trecho, a Estrada Real é acompanhada por grandes plantações de eucalipto, milho e café. Na estrada me deparo com viajantes em Jeeps e Motocicletas! Todo mundo se encantando com os caminhos das nossas Minas Gerais.
Ao se aproximar do arraial de Caquende, começa uma garoa que me acompanha até a entrada. Uma simpatia de lugar. Pena que não é possível hospedar em Caquende. Os moradores me disseram que só era possível em Capela do Saco, do outro lado da represa de Camargos. Existe uma balsa que faz a transposição (dois reais para atravessar com a bike!)
Ao chegar a Capela do Saco, distrito de Carrancas, o odômetro marca 56 km e resolvo encostar (minha meta é manter uma média de 60 km por dia). O dono da única pousada me disse que hoje cedo uma dupla de cicloturistas saiu para Carrancas e logo me perguntou: “Mas você está sozinho?” e respondi: Sozinho não! Desacompanhado…
Amanha será o pedal do descanso. Chegarei a Carrancas em pleno feriado de Corpus Christi. Vou aproveitar que alguns amigos estarão por lá e ficarei mais um dia. Não aproveitar desse paraíso é pecado.
Que amanheça logo!
- Acompanhe o relato completo dessa viagem:
Como foi pedalar pela Estrada real sozinho? Ou “desacompanhado”?rs
Eu estou querendo fazer e estou procurando divas, pois vou Fazer sozinha.
Oi Jessica. Existem riscos de se andar sozinho em qualquer lugar do mundo, e na viagem de bike não vai ser diferente. Ao cruzar pelo interior de MG, SP e RJ eu fui muito bem tratado pelas locais e não tive nenhum momento de “riscos”. Se vc tiver certeza daquilo que busca, o universo dará conta do resto. Boas pedalas!!