Como trocar dinheiro em Cuba
Cuba é um país muito diferente de todos que já visitamos até hoje. Não entenda isso como uma reclamação, mas como um elogio, afinal de contas é quase um desafio visitar o país e desafios podem ser divertidos na maioria das vezes. Todos os truques que aprendemos em nossas andanças pelo mundo para facilitar nossas viagens precisaram ser revistos durante os dias em que estivemos por lá. Isso inclui a troca de dinheiro.
Estamos muito acostumados e acomodados com as casas de câmbio que hoje conseguem até fazer a [vb_product_link code=”BEECAMBIO” text=”troca em domicílio”]! É muito cômodo desembarcar no país da viagem com a moeda local na carteira, mas em [link tag=”cuba”]Cuba[/link] nem sempre isso é possível.
Para começar, você não encontra a moeda de Cuba em casas de câmbio fora do país com facilidade. Talvez encontre nos países de conexões frequentes, como o Panamá, todavia as taxas são agressivas.
Mas fique tranquilo: a gente já pegou o básico sobre trocar dinheiro em Cuba e destrinchou nos tópicos abaixo para que você tenha pelo menos uma noção de como isso funciona no país e evitar perder muito tempo.
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Entenda a diferença entre o CUP e o CUC
A primeira dica é muito importante: viaje para Cuba sabendo a diferença entre o CUP e o CUC. Duas moedas circulam oficialmente por lá: o peso cubano e o peso conversível. A primeira é a moeda deles, dos cubanos, e você provavelmente não vai nem vê-la por lá, a não ser que peça a algum morador para lhe mostrar ou quando algum comerciante devolver o troco em CUP (cuidado!).
O CUC, ou peso conversível, é a moeda com a qual os turistas circulam pelo país e, até o momento, é equiparada ao dólar americano. Isto é, 1 CUC = 1 USD. Já o CUP pode flutuar e, para você ter uma ideia, hoje quando escrevo este artigo, 1 CUC = 26,5 CUP. Por isso digo: ao receber o troco em qualquer estabelecimento, confira se todas as cédulas e moedas são de CUC.
E essa dica de conferir cédula por cédula vale também nas casas de câmbio ao trocar dinheiro em Cuba. Se uma notinha sequer de CUP passar despercebida no meio do bolo, seu prejuízo pode ser enorme.
Se o dólar está a um para um com o CUC, vale a pena levar dólares?
Não recomendamos que você leve apenas dólares para o país e os motivos acabei colocando em um outro artigo, para evitar estender demais esse. Convido você a dar uma lida no post onde explico qual moeda recomendamos levar para trocar dinheiro em Cuba.
Casas de câmbio são confiáveis em Cuba?
É com muita alegria que digo: não sofremos golpes ou coisas do tipo nas casas de câmbio em Cuba. Mas nossas visitas não fluíram sem um pouco de aborrecimento.
Cuba é um país muito seguro, pelo que vimos, e muito dificilmente você será assaltado nesses lugares ou então sofrer golpes absurdos que vão prejudicar o orçamento da viagem. Mas precauções são sempre bem-vindas e, principalmente, atenção!
Por mais que haja muita segurança nas cidades, aquele “jeitinho de se dar bem” também existe por lá. Contanto que você esteja preparado e alerta, passará ileso a situações como a que aconteceu conosco.
Em [link tag=”trinidad”]Trinidad[/link], precisamos trocar 200 euros, o que daria algo em torno de 230 CUCs. É óbvio que haveria uma taxa em cima dessa conversão e estávamos cientes disso, por isso joguei (mentalmente) esse valor para baixo e fomos até a casa de câmbio indicada pela nossa anfitriã.
O clima na porta não era amistoso. Havia um segurança muito desconfiado que só deixava uma pessoa entrar por vez (no máximo com um acompanhante), além de ficar o tempo todo olhando para a rua e para os lados, como se estivessem fazendo algo de muito errado por ali. Fomos até o balcão e o atendente nos informou que esse valor daria algo em torno de 209 CUCs. Tudo bem… era mais ou menos isso que eu imaginava.
Dei a ele os 200 euros e ele me voltou 200 CUCs, pedindo ao segurança que chamasse a próxima pessoa e meio que “se despediu” de nós. Enquanto eu e Gisele contávamos o dinheiro, havia ali uma pressão psicológica também pelo segurança, para que saíssemos logo da casa. Dissemos a ele que faltavam 9 CUCs e ele, relutando ao passo que se fazia de desentendido, tirou uma nota de 5 CUCs e nos entregou, reforçando o pedido para que déssemos logo a vez para a próxima pessoa da fila.
Ainda faltavam 4 CUCs, falamos. Ele ficou em silêncio absoluto por um tempo e reforçamos umas três vezes, até que ele tirou os 4 CUCs restantes e nos entregou, sem falar absolutamente nada.
Trocar dinheiro em Cuba pode ser chato e cansativo. Se não tivéssemos conferido o dinheiro todo, nota por nota, e saíssemos da casa de câmbio, dificilmente poderíamos voltar para reclamar o que estava faltando.
Bancos são uma boa opção para trocar dinheiro em Cuba?
Sim, pelo menos em algumas cidades como Havana, eles trocam. Para falar a verdade era nossa opção preferida. Não havia ali o mesmo clima que nas casas de câmbio e os próprios funcionários contavam o dinheiro na sua frente, lhe davam um papel para assinar e assim tínhamos um sentimento de segurança maior.
Vale a pena trocar dinheiro no aeroporto de Havana?
Eu diria que sim. Na ocasião em que visitamos o país, as taxas praticadas no aeroporto eram muito parecidas com as das casas de câmbio e bancos. Estávamos preocupados, já que não chegaríamos em Cuba com a moeda deles, mas com essa pendência chata de ter que trocar dinheiro ainda no aeroporto e, detalhe: de madrugada!
Quando passamos da segurança e pegamos as bagagens, já no mesmo saguão onde ficam os taxistas e as primeiras lojas do aeroporto, havia alguns caixas eletrônicos para troca de dinheiro! Olha, nem nos países mais modernizados eu tinha visto esses equipamentos. Foi tudo muito fácil… nem fila tinha! Em menos de 5 minutos consegui trocar dinheiro em Cuba – tarefa que eu colocava como a que provavelmente daria a maior dor de cabeça na chegada, tanto pelo horário quanto pela falta de familiaridade com as diferenças entre o CUC e o CUP.
Vale a pena sacar dinheiro em Cuba?
Após ler o artigo do Viaje na Viagem sobre dinheiro em Cuba, optamos por não trabalhar com a possibilidade de sacar dinheiro usando o cartão de crédito. Além das taxas como o IOF e também as que são normalmente cobradas pelos bancos, ficamos com medo de depender demais do cartão e de encontrar poucos caixas eletrônicos.
Na prática vimos caixas eletrônicos em todas as cidades que visitamos, então acho que disponibilidade não seria um problema.
Vale destacar que eram poucos os estabelecimentos que aceitavam cartão de crédito. Isso pode mudar ao longo dos próximos anos, obviamente, mas os quinze dias que passamos em Cuba foram com os cartões guardados e descansando na carteira.
Espero que as dicas acima tenham ajudado no planejamento de sua viagem ou sanado suas dúvidas sobre como trocar dinheiro em Cuba. Se quiser ler mais sobre nossas experiências pelo país, utilize os links que estão logo abaixo. Um grande abraço e até o próximo artigo!
Cuba
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