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11 coisas que turistas não podem fazer em Cuba

Ao colocar os pés em Cuba, apague da memória todas as ideias e conceitos que você criou sobre o país. A ilha que parou no tempo muda a cada dia. Parece contraditório? Então vá se preparando, pois Cuba é cheia de paradoxos e completamente diferente de qualquer outro lugar que você já tenha visitado até hoje.

A complexidade de Cuba é resultado de sua história, que a fez economicamente pobre, mas rica em cultura, sabores e tradições. Por ser uma ilha isolada do restante do mundo, muitos mitos foram criados sobre ela.

É proibido se hospedar em casas de cubanos? Há lugares que turistas não podem visitar? Assuntos que não podem ser abordados? Fizemos uma lista com 11 coisas que turistas não podem fazer em Cuba que vão muito além do que dizem por aí.

Onde ficar em Havana, Varadero, Trinidad, Cienfuegos e Santa Clara

Em Havana, indicamos o [bookinglink id=”3693216″ text=”Hostal Balcones Muralla”] que conta com terraço coberto, transfer (aeroporto), recepção 24 horas e quartos para não fumantes. Nossa indicação em Varadero é o [bookinglink id=”2287730″ text=”Be Live Experience Varadero”]. É um resort que oferece piscina ao ar livre, terraço, academia, área de praia privativa e um bar. Os quartos possuem banheiro privativo e TV.

Nossa indicação em Trinidad é o [bookinglink id=”4354104″ text=”Memories Trinidad del Mar”], que oferece acomodações 4 estrelas, restaurante, bar e jardim, além de estar de frente para o mar. Em Cienfuegos, recomendamos o [bookinglink id=”2937611″ text=”BR& Hostal Sunrise”]. O hostel dispõe de recepção 24 horas e terraço. Todos os quartos possuem banheiro privativo. Um café da manhã é servido todas as manhãs. Nossa indicação em Santa Clara é o [bookinglink id=”4429289″ text=”Hotel Floreale”]. Oferece recepção 24 horas, um bar e restaurante. Os quartos incluem banheiro privativo e são equipados com TV.

Coisas que turistas não podem fazer em Cuba

1. Viajar sem visto

Além do passaporte, brasileiros precisam adquirir a tarjeta turística, visto válido por 30 dias. Ela custa 20 dólares ([vb_rate from=”USD” to=”BRL” value=”20″]) e pode ser adquirida na Embaixada e Consulados no Brasil ou no aeroporto, momentos antes do embarque. Explico detalhadamente no post sobre como tirar o visto para Cuba.

2. Viajar sem seguro viagem e cartão de vacinação

O sistema de saúde cubano é conhecido mundialmente pela sua excelência e pela gratuidade garantida aos cidadãos do país. Apesar disso, a cobertura não se estende a estrangeiros, razão pela qual o seguro viagem é obrigatório em Cuba. Você pode ser solicitado a apresentar a apólice na Imigração e caso não a tenha, precisará contratar o serviço diretamente com uma seguradora cubana e pagar mais caro por isso.

Também é necessário apresentar o certificado internacional de vacinação para mostrar que você está imune contra a febre amarela. A vacina deve ter sido aplicada com uma antecedência mínima de 10 dias antes da data de embarque. A inspetora olhou nosso documento detalhadamente, então muito cuidado para não esquecer ou perder o seu pelo caminho!

3. Levar dólares americanos

Na verdade, essa não é uma proibição, mas um alerta. Embora o peso conversível esteja pareado com o dólar americano, não é vantagem levar essa moeda para Cuba. Acontece que além das taxas bancárias, o governo cubano cobra um imposto de 10% no valor convertido a partir da moeda dos Estados Unidos.

Isso acontece por causa do bloqueio econômico e não se aplica a outras moedas, como o euro, libras esterlinas ou mesmo dólares canadenses. Para evitar prejuízos, leia o post sobre qual moeda levar para Cuba.

4. Hospedar-se em Casas Particulares sem alvará

Casas Particulares são a melhor forma de hospedagem em Cuba, mas não é qualquer residência que pode receber estrangeiros, elas precisam estar sinalizadas com um símbolo azul. As que têm o sinal laranja podem receber apenas cubanos e as que não têm sinal, não podem receber ninguém.

Se você infringir essa regra, poderá ser penalizado com multas. Todas as casas que escolhemos através do [vb_product_link code=”AIRBNB”] tinham alvará de funcionamento e eram ótimas.

5. Andar em táxis não-licenciados

O mesmo vale para transportes internos. É comum viajar de uma cidade a outra em táxis compartilhados, mas o motorista precisa ter autorização para isso.

Nossa anfitriã de [link tag=”cienfuegos”]Cienfuegos[/link] nos contou que um casal de hóspedes resolveu se aventurar com um taxista que encontrou na rua porque ele cobrava mais barato, mas no meio do caminho a polícia rodoviária parou o carro, viu que o motorista não tinha licença e o levou preso. Os turistas passaram por um interrogatório e foram liberados após pagarem multa.

Para evitar esse sufoco, o ideal é conseguir táxis compartilhados com agências ou pedir recomendações para seus anfitriões.

6. Sair sem passaporte

Eu sou do tipo de pessoa que perde tudo e por isso prefiro manter meu passaporte a salvo no hotel e sair só com uma cópia na bolsa e no celular. Acontece que em Cuba nosso passaporte é solicitado em diversas ocasiões, seja para trocar moedas, comprar bebidas alcoólicas ou até para comprar cartões de internet. Sabendo disso, mantenha-o junto à sua tarjeta turística em um lugar seguro, mas de fácil acesso.

7. Não conferir o troco

Essa é outra coisa que turistas não podem fazer em Cuba. Em todas (todas!) as vezes que fizemos conversões de moedas ou pagamos por alguma coisa com notas grandes, nosso troco veio errado.

Explicamos no post sobre como é viver em Cuba que as condições de sobrevivência no país não são fáceis e que por isso muitas vezes os cubanos tentam “tirar um por fora”. Nós vimos de perto como as coisas são difíceis por lá e assim preferimos não julgar certas atitudes, já que nesse caso a linha entre necessidade e deslealdade é muito tênue. O problema é quando o erro é gritante, como neste exemplo:

Fomos trocar 100 euros por pesos cubanos conversíveis e o funcionário nos deu 9 CUC a menos, quantia equivalente a [vb_rate from=”USD” to=”BRL” value=”9″]. Contamos as notas na frente dele mais uma vez e não dissemos nada, ficamos apenas esperando. Ele nos deu uma nota de 5 CUC e continuamos parados, até ele se mancou e nos deu mais duas notas de 2 CUC. Agradecemos e fomos embora.

É importante conferir também se o troco foi dado em CUP (moeda nacional) ou CUC (moeda para estrangeiros, que vale mais). Explico melhor nos artigos sobre qual moeda levar para Cuba e golpes mais comuns em Cuba.

8. Tomar água da torneira

No Brasil já estamos habituados a não tomar água da torneira, então esse recado serve mais para os nossos leitores portugueses. Tome apenas água mineral para poupar seu estômago e intestino.

Mesmo bebendo apenas água engarrafada, Adriano e eu tivemos diarreia. Aconselho que você leve alguns remédios na mala e que procure um médico se seu quadro não melhorar. [vb_product_link code=”SEGUROS_PROMO” text=”seguro viagem”] é para isso mesmo!

9. Tirar fotos de pessoas sem pedir permissão

Sabe aquelas bandas que se apresentam na rua e aquelas mulheres que se vestem com roupas típicas? Estão todos tentando ganhar a vida! Se você para e tira uma foto ou faz uma filmagem, é sinal de que está gostando, então por que não valorizar o trabalho dessas pessoas? 1 CUC para a banda já ajuda e para as cubanas é necessário perguntar quanto cada uma cobra de “gorjeta”. Varia entre 3 e 5 CUC.

Mudando um pouco de cenário, você está andando pela rua e presencia uma cena bonita do cotidiano, ou alguém com um penteado legal. Se você não consegue fazer a foto sem ser visto, vá até a pessoa e peça permissão para fotografá-la a fim de evitar conflitos. Pense bem, você também não iria gostar se um estranho chegasse do nada e tirasse um monte de fotos suas sem falar nada.

10. Contar com pontualidade

Nós brasileiros já estamos habituados a constantes atrasos e temos uma certa tolerância, mas em Cuba a impontualidade ultrapassa até os nossos limites. Exemplos não faltaram durante a nossa viagem, incluindo excursões que começam meia hora depois do horário combinado, ônibus que chegam com 45 minutos de atraso e taxistas que nos fazem esperar por mais de três horas. São situações que tiram o nosso bom humor, mas é importante aprender a lidar com elas.

11. Não dar margem para imprevistos

Quando estivemos em Cuba, fomos surpreendidos com a chegada da tempestade subtropical Alberto, que nos deixou ilhados em Cienfuegos durante três dias, já que todas as estradas estavam fechadas devido ao alagamentos. Por sorte, tínhamos margem para chegar em Havana a tempo de pegar o voo de volta. Ficou a lição.

Esta foi a lista de coisas que turistas não podem fazer em Cuba. Você já esteve no país e se lembra de mais alguma restrição? Escreva aqui nos comentários.

Mulher cubana fumando charuto em Havana, Cuba
Mulher cubana fumando charuto em Havana, Cuba. Créditos: minkewink / Fonte: Pixabay

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Gisele Rocha

Formada em Comunicação Social pela UFJF. Andou meio mundo tentando descobrir o que queria fazer, até descobrir que queria mesmo era andar pelo mundo.

9 pensou em “11 coisas que turistas não podem fazer em Cuba

  1. Estive em Cuba abril de 1994 (Havana, Varadero, Cayo Largo, entre outros) , lindas praias paradisíacas… Para quem quer contemplar o mar é bastante atrativo. Apenas acho que a matéria não explica que o povo de cuba esta acostumado a viver de “propina”, ou seja, eles pedem abertamente “una propina”… E isto é ilegal lá e cá! Outra coisa que observei, é que o povo cubano não pode atravessar “as barreiras – faixas de proibição” existentes entre eles e os turistas nas praias (principalmente em Varadero e outras praias “melhores” frequentadas, claro que por turistas estrangeiros…) . Segundo a “regra”, é para que o povo cubano não incomode os turista que procuram descanso… Em 1994 também existiam faixas proibindo cubanos de entrar nas lojas (gifts) quando existiam turistas consumindo… Em 1994 nos proibiam de dar ofertas (propinas) aos cubanos pedintes no centro de Havana (eram centenas…), pois foi nos passado que isso infringia às Leis locais. Exemplo: Após orientações, “Uma turista maluca, do extremo sul da América”, kkk – Resolveu abrir um enorme pacote de balas e distribuir às crianças do centro de Havana, enfim as balas acabaram e entramos na Van na intenção de voltarmos aos nossos hotéis confortáveis, as crianças não se conformaram pelo fim da oferta das balas e começaram a balançar a Van que nos transportava, quase ao ponto de tombá-la… claro que houve a “intervenção do regime para a boa ordem e conservação dos turistas”, saímos ilesos… Más ficou na lembrança a lição de um povo sedento do mínimo e do básico para sobrevier!
    Aliás, visitar as catacumbas de Cuba (visita ao cemitério) é um grande atrativo… existem muitas manifestações “pós morte” contra o regime totalitário cubano.
    fica aí a dica de um turista que só observa leis, costumes e cultura… E viva a independência!

    1. “Propina” significa “taxa”, em espanhol. Não tem o mesmo significado que em português, de corrupção e ganho extra.

  2. Acontece exatamente igual no aeroporto de Guarulhos/SP. Toda vez que chego e vou comprar a passagem para a Rodoviária de Tieté a menina do guiché me dá menos troco porque nota que sou “gringo”, fico parado assim como diz no texto e ela se toca em dá o resto, nem pede desculpas.

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