Conhecendo o Casco Viejo durante uma conexão na Cidade do Panamá
A minha maior alegria ao comprar passagens aéreas é poder selecionar voos que tenham longos intervalos entre si. As conexões – desde que feitas durante o dia – nos dão liberdade para conhecer ou rever parte de uma cidade e de quebra aliviam o desconforto causado por voos sequenciais.
Aqui no Viajei Bonito já mostramos o que fazer durante uma conexão em [link tag=”paris”]Paris[/link], [link tag=”milao”]Milão[/link], [link tag=”roma”]Roma[/link], [link tag=”nova-york”]Nova York[/link] e [link tag=”lima”]Lima[/link]. Agora é a vez de descobrir o que fazer em poucas horas na capital do [link tag=”panama”]Panamá[/link].
Nossa primeira conexão na Cidade do Panamá aconteceu em maio de 2016, quando partíamos para a [link tag=”estados-unidos”]road trip de seis meses que fizemos pelos Estados Unidos[/link]. Na ocasião, ficaríamos sete horas na cidade e optamos por conhecer o Casco Viejo (também conhecido como Casco Antiguo e San Felipe), mas perdemos muito tempo entre imigração e deslocamento através do transporte público, então só nos restou míseros 40 minutos de passeios. É claro que não deu para ver nada, então repetimos a escolha e decidimos que mesmo com 14 horas de conexão, dessa vez usaríamos o Uber para nos deslocar entre o aeroporto e o centro histórico. Foi muito mais prático e rápido.
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Pré-requisitos para entrar no Panamá
Mesmo que a estadia dure apenas algumas horas, é preciso estar atento aos documentos necessários para entrar em um país.
Visto
Para viajar ao Panamá como turista não é necessário nenhum tipo de visto, mas é preciso apresentar o [vb_product_link code=”SEGUROS_PROMO” text=”seguro viagem”] e o certificado internacional de vacinação para comprovar que você está imune contra a febre amarela.
Documentos
Embora não seja solicitado por todos os agentes de imigração, nós sempre viajamos com [bookinglink text=”comprovantes de hospedagens”] e passagem de volta impressos. Ter esses papéis diminui as chances de pensarem que estamos indo com o intuito de morar ilegalmente no país.
Dinheiro
A moeda oficial do Panamá é o balboa, mas dólares americanos também são aceitos na proporção de 1 para 1. O troco geralmente é dado na moeda local.
Onde deixar as malas de mão durante uma conexão na Cidade do Panamá
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É desconfortável sair do aeroporto por algumas horas e ter de carregar a bagagem de mão que geralmente está pesada por causa do notebook, mudas de roupas e outras tranqueiras que se fazem necessárias quando estamos fora de casa. Durante a sua conexão na Cidade do Panamá você pode deixar a mala ou mochila no guarda-volumes que fica no saguão primeiro andar, logo após a saída da aduana. O preço é de $5 por dia. Coloquei uma foto da entrada e a tabela de preços para você conseguir se localizar.
Como ir do Aeroporto da Cidade do Panamá até o Casco Viejo
Sair do Aeroporto Internacional Tocumen é muito fácil e barato. Você pode escolher entre ônibus, transfer, táxi, Uber ou carro alugado. No post que escrevemos sobre como ir do Aeroporto da Cidade do Panamá ao Casco Viejo você encontra preços, vantagens e desvantagens de cada opção, além de dicas para evitar furadas.
É muito útil também ter um chip de internet que funcione bem e que possa ser comprado antes mesmo da viagem. Leia nosso review sobre a Easysim4u na Cidade do Panamá.
O que fazer no Casco Viejo durante uma conexão na Cidade do Panamá
A melhor coisa para fazer no Casco Viejo é se perder pelas ruas sem nenhum roteiro pré-estabelecido. Você vai se deparar com construções coloniais em diferentes níveis de conservação, sacadas de madeira e ferro fundido enfeitadas com flores, igrejas, ruínas, museus, praças e jardins. No fim de tarde, artistas de rua se apresentam no Paseo de las Bóvedas, onde mulheres vestidas com roupas típicas vendem artesanatos e lembrancinhas do Panamá.
Para te dar um norte sobre o que fazer no Casco Viejo durante uma conexão, destaco aqui os principais pontos turísticos seguidos de informações relevantes que vão enriquecer a sua viagem. Você também pode baixar o mapa para usar offline durante o rolê, embora haja wi-fi gratuito em todas as praças.
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Palacio de las Garzas
O Palacio de las Garzas é a sede da Presidência do Panamá e recebeu esse nome por causa das aves que vivem ali. O edifício construído em 1673 como casa particular, depois funcionou como escola, depósito e escritório, até que em 1885 passou a ser a Casa de Gobierno e posteriormente e elevada a Palácio Presidencial.
Não é permitido visitar o interior do palácio. Na verdade, não é permitido sequer chegar perto dele. A melhor vista é a que temos da praça, cujo acesso é feito pela calle 4ª.
Plaza Simón Bolívar
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Essa praça se chamava originalmente San Francisco, por causa da igreja situada ali. Depois mudou de nome para homenagear Simón Bolívar o “Libertador da América”, como foi retratado na escultura em bronze fixada no meio do parque.
Nos arredores da praça estão, além da igreja, o Teatro Nacional e o Palácio Bolívar, local do Congresso Amphictyonic que aconteceu em 1826 e foi organizado por Bolívar para propor a união política e cultural de repúblicas que haviam sido colônias espanholas a fim de garantir a defesa do hemisfério. Hoje o edifício abriga o Ministério das Relações Exteriores e um museu.
Horário de funcionamento: o museu funciona de terça a domingo, das 9h às 16h
Ingresso: $1
Teatro Nacional
Construído no coração do Casco Viejo, o Teatro Nacional é um dos mais belos exemplos de arquitetura neoclássica na Cidade do Panamá. Foi projetado pelo arquiteto italiano Genaro Ruggieri e inaugurado em 1908, durante a posse de José Domingo de Obaldía como Presidente da República.
O interior do teatro é majestoso, com afrescos pintados por um artista panamenho chamado Roberto Lewis, nos quais ele retrata a história panamenha usando como referência a mitologia grega. Infelizmente estava fechado quando nós fomos e só conseguimos vê-lo do lado de fora.
Horário de funcionamento e preços dos ingressos variam de acordo com as apresentações em cartaz.
Iglesia San Francisco de Asis
Ainda na Plaza Simon Bolívar, em frente ao Teatro Nacional, encontramos a igreja com a fachada mais bonita entre todas as que vimos no Casco Viejo. Nos chamou atenção a escadaria em caracol que leva até a cúpula. Provavelmente me bateria uma bambeza se tivesse que subir por ela, mas não tenho dúvidas de que a vista compensaria o esforço.
A Iglesia San Francisco de Asis foi construída no século XVII e destruída duas vezes por incêndios, o primeiro em 1737 e outro 1756. Depois de 11 anos fechada, foi reaberta em 2016, esbanjando beleza.
Horário de funcionamento: todos os dias, das 7h às 19h
Ingresso: gratuito, mas doações são bem-vindas
Iglesia San Felipe de Neri
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Do outro lado da praça está a Iglesia San Felipe de Neri, uma das primeiras igrejas construídas em Casco Viejo. Ela não estava no nosso roteiro, porém ficamos curiosos para conhecê-la depois que uma brasileira que encontramos pelo caminho disse que havia um presépio gigantesco lá dentro. Por ser um ambiente muito escuro e nós estarmos sem o tripé, as fotos não saíram muito legais. Mas pode acreditar, o presépio é fascinante.
Horário de funcionamento: todos os dias, das 7h às 19h
Ingresso: gratuito para visitar a basílica e $1 para visitar o presépio
Casa Góngora
A Casa Góngora é uma das construções mais antigas da Cidade do Panamá e a única remanescente em estilo colonial do século XVII. Com mais de 250 de existência, o espaço foi restaurado em 1998, preservando portas, batentes e o balcão original.
Hoje o casarão funciona como centro cultural e hospeda exposições regulares de artistas locais.
Horário de funcionamento: segunda-feira, das 8h às 16h; de terça a domingo, das 10h às 18h.
Ingresso: gratuito
Museo del Canal Interoceánico de Panamá
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Embora o canal esteja localizado a 35 km do Casco Viejo, é aqui que se encontra o museu dedicado a ele. É uma parada obrigatória para quem busca o que fazer durante uma conexão na Cidade do Panamá.
A princípio Adriano e eu não notamos a sua existência, tendo em vista que um banner da Coco Chanel ocupava toda a fachada. Depois fomos chegando perto para observar detalhes arquitetônicos e vimos um letreiro dourado indicando que aquele era sim o Museo del Canal Interoceánico de Panamá.
O acervo narra toda a história do Panamá desde os tempos pré-colombianos até a chegada dos espanhóis, seguida pela dos franceses e depois dos americanos. Por falta de tempo (e de interesse também, não vou negar), pulamos direto para a ala que contava sobre a construção do canal, sua importância econômica e política.
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h. A bilheteria fecha às 16h30.
Ingresso: $10. Estudantes, aposentados e crianças de até 5 anos pagam meia-entrada.
Catedral Metropolitana
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A Catedral Metropolitana de Nuestra Señora de la Asunción é inconfundível. A parte central tem fachada de pedra e os campanários (torres laterais) foram pintados de branco. Ignorante que sou, pensei que se tratava de um processo de restauro não concluído.
Essa igreja demorou mais de 100 anos para ser construída e é uma das maiores igrejas da América Central. Ficou muito tempo abandonada. Com o tombamento do Patrimônio Histórico pela UNESCO, ela passou por uma reforma em 2003 e atualmente (junho de 2018) encontra-se fechada para novos reparos.
Não conseguimos visitar o interior da catedral, mas assistimos a uma apresentação de dança tradicional que estava acontecendo no coreto da praça. Foi uma boa troca!
Iglesia La Merced
A construção de Iglesia de la Merced data de 1680 e é um marco da presença espanhola na história colonial da Cidade do Panamá. Poderia ser apenas mais uma igreja entre as tantas do Casco Viejo, mas sua história a difere das demais.
Após a invasão de piratas ingleses, as pedras da fachada foram transferidas uma por uma do Panamá Viejo até o seu lugar atual para em seguida ser reconstruída. Imagine isso sendo feito sem nenhuma tecnologia, só com trabalho braçal e transporte rudimentar.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 6h30 às 19h; sábado até às 16h e domingo até às 11h.
Ingresso: gratuito
Iglesia de San Jose
A pequena igrejinha da Avenida A esconde um grande tesouro: o altar de ouro em estilo barroco. Contam que quando o pirata Henry Morgan invadiu o Panamá Viejo, um padre teve a ideia de pintar o altar de preto para disfarçá-lo dos saqueadores e escondê-lo no Casco Viejo. Historiadores dizem que isso é só uma lenda, mas que diferença isso faz? O que importa é que mesmo depois de séculos ele continua intacto para a nossa apreciação.
Horário de funcionamento: das 7h às 17h
Ingresso: entrada gratuita
Convento de Santo Domingo, Arco Chato e Museo de Arte Religioso Colonial
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A Iglesia de Santo Domingo, construída em 1678, foi vítima de vários incêndios e dela só restaram ruínas. Ficou famosa pelo arco de apoio, conhecido como Arco Chato. Com 15 metros de comprimento, o arco é mais longo que o habitual e sem nenhum apoio, por isso parece desafiar a lei da gravidade.
Outro fato interessante sobre o Arco Chato é que ele foi decisivo na construção do canal interoceânico. Os Estados Unidos estavam em dúvida entre implementar o projeto no Panamá ou na Nicarágua, então o arco foi usado para provar a estabilidade do terreno do país, enquanto na Nicarágua, uma terra com vulcões e terremotos, o empreendimento correria riscos.
Ao lado do local da ruína está o Museo de Arte Religioso Colonial, cujo acervo inclui artigos religiosos do período colonial que datam do século XVI.
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 8h às 16h.
Ingresso: $1
Plaza de Francia e Paseo de las Bóvedas
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Fechamos o nosso passeio com chave de ouro na Plaza de Francia, um espaço dedicado a homenagear os 22 mil trabalhadores vindos da França, Martinica e Guadalupe, que faleceram enquanto tentavam construir o Canal do Panamá. A maioria morreu de febre amarela e malária, por isso há também um monumento que homenageia o médico cubano Carlos J. Finlay, que descobriu como os mosquitos transmitiam a febre amarela.
A praça converge no Paseo Esteban Huertas, mais conhecido como Paseo de las Bóvedas, uma passarela florida e muito agradável construída ao longo da antiga muralha defensiva que protegia a cidade. De lá é possível ver a parte moderna da Cidade do Panamá e se o dia estiver limpo, sem névoa, você também verá os barcos enfileirados na entrada do canal.
Todos os dias acontece uma feirinha nessa passarela e é possível encontrar um pouco de tudo. Se você estiver procurando artesanatos e lembrancinhas, esse é o lugar certo.
Onde (não) comer no Casco Viejo
A cozinha panamenha é rica em mariscos, entretanto, no Casco Viejo você encontrará cafés e restaurantes com cardápios diversificados, que incluem sopas, massas e carnes. Geralmente os menus ficam expostos do lado de fora dos estabelecimentos, assim fica mais fácil saber o que cabe no seu planejamento financeiro.
Depois de lermos muitas recomendações, fomos almoçar no Mercado de Mariscos. Fomos abordados por um garçom do restaurante Delícias Eni, olhamos o cardápio e resolvemos dar uma chance ao estabelecimento. Eu estava sonhando com um prato de ceviche e chips de banana que vi no blog Hippie in Heels, mas não lembrava o nome do restaurante onde a menina havia ido (só depois vi que se tratava do Maisa), então descrevi a iguaria para o funcionário, que nos encheu de expectativas quanto aos pratos preparados por eles. Até o Adriano que não é fã de peixe decidiu experimentar.
Quando fomos servidos, veio a frustração: uma maçaroca de peixe branco, mal temperado, com gosto de estragado. Nas minhas bananas fritas tinha um FIO DE CABELO. Não deu para encarar. 🤢
EXPECTATIVA:
REALIDADE:
Pagamos $12 por essa indecência e com o estômago embrulhado, nem conseguimos pensar em comer outra coisa. Tomamos umas cervejas e mojitos pelo caminho para aliviar o calor e no fim da tarde, antes de voltarmos ao aeroporto, paramos na Forever Yogurte para um sorvete caprichado, que custou cerca de $3 para cada um.
Onde se hospedar no Casco Viejo
Se a sua passagem pela Cidade do Panamá for durar mais que uma conexão ou se esta for feita durante a noite, você pode se hospedar no Casco Viejo, que além de ser um bairro bonito, é bastante seguro se você se mantiver dentro do centro histórico.
Para quem busca uma opção econômica, recomendamos o [bookinglink id=”1913696″ text=”Lunas Castle Hostel”], que funciona em uma mansão em estilo colonial com decoração descontraída, reforçando a atmosfera jovem do estabelecimento. Os quartos compartilhados possuem camas com cortinas individuais, proporcionando mais privacidade aos hóspedes.
Já para aqueles que procuram sofisticação, a poucos passos da Catedral encontra-se o charmoso [bookinglink id=”1840870″ text=”Central Hotel Panama”], que oferece a seus hóspedes piscina ao ar livre e spa, além de quartos luxuosos equipados com ar-condicionado, TV de tela plana, frigobar, produtos de banho de cortesia e secador de cabelo.
Caso nenhuma das opções tenha lhe agradado, você ainda pode pesquisar no [vb_product_link code=”BOOKING”] e no [hostelworldlink text=”Hostelworld”].
Stopover no Panamá
Sabe o que é melhor que uma longa conexão para passear pela cidade? Um stopover, que te dá a chance de passear pelo país durante alguns dias. O Jair do blog Viagens e Caminhos tirou três dias para conhecer a Cidade do Panamá e a ilha de San Blás antes de partir para Punta Cana. Fica a dica!
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Olá
No casco viejo, vc precisou se deslocar de uber? ou dá pra fazer tudo a pé?
Obrigada pelas postagens. está me ajudando muito no planejamento de minha viagem a Cuba.
Ei, Ana Luiza! Que bom saber que os nossos relatos estão sendo úteis para o seu planejamento!
Quanto ao passeio pelo Casco Viejo, fizemos tudo a pé. O centro histórico é pequeno e as ruas são gostosas para caminhar.
Só fique de olho nos carros, pois nem todas as ruas são fechadas para pedestres.
Se precisar de mais alguma informação, estamos às ordens!
Abraços!