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Tiger Temple, na Tailândia, é obrigado a libertar animais

Esta notícia vai deixar muitos viajantes com a consciência pesada, mas fico muito feliz em comunicar que o Tiger Temple, em Chiang Mai, na [link tag=”tailandia”]Tailândia[/link] foi obrigado a libertar os tigres do cativeiro em que viviam e eram explorados.

Apesar de se tratar de um templo e em teoria seja um lugar para meditação, oração e prática de boas ações, o lugar se transformou em um centro de covardia, onde os animais eram maltratados e os turistas eram extorquidos. Para se ter uma ideia, a pessoa que quisesse tirar aquela foto de muito mau gosto abraçando os tigres ou dando uma mamadeira cheia de calmantes para o probrezinho do animal, precisava pagar uma taxa que variava entre 500 a 1000 THB, que na nossa moeda sairia em torno de R$50 a R$100, dependendo do tamanho do tigre com o qual escolhesse posar. Eram 147 opções a até o fim fevereiro de 2016, quando começaram a ser recolhidos.

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Embora muito se falasse sobre a situação dos tigres, boa parte dos turistas realmente não sabia das condições precárias nas quais os mamíferos viviam, tampouco que eles eram afastados da mãe ainda bebezinhos, constatemente dopados, se alimentavam mal, ficavam presos dentro de gaiolas muito pequenas para o porte deles e ainda sofriam agressões para que ficassem mansinhos, sem atacar nenhum turista. Então os viajantes acabavam compactando com essa crueldade sem saber.

E isso não é tudo. Há muitos anos, uma instituição denominada Care for the Wild vem investigando o Tiger Temple e começou a especular sobre atividades ilícitas praticadas dentro do mosteiro. Suspeitavam que os próprios monges estavam vendendo os filhotes de tigres no mercado negro, além de contrabandear aves exóticas.

Quando a coisa apertou, o templo tentou se registrar como um jardim zoológico, mas as autoridades foram implacáveis e não só negaram o pedido, como mandaram retirar os tigres de lá aos poucos, levando-os aos abrigos administrados pelo governo.

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O destino dos tigres é incerto

Nem tudo são flores. É necessário o processo terminar para saber qual será o destino dos animais, principalmente porque, como foram criados em cativeiro, não se virariam bem na selva e poderiam simplesmente morrer de fome, doenças ou por ataque de pedradores. Os abrigos do governo por si só não conseguem arcar com os custos de manter mais de 140 carnívoros sem o dinheiro que o mosteiro recebia dos turistas. É uma situação delicada, mas o primeiro passo já foi dado.

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Felizmente esses tigres estão perto de conquistar a liberdade, mas nem todos têm essa sorte. Então, o Viajei Bonito pede a todos os leitores viajantes que não compactuem com esse tipo de crueldade. Não andem em veículos de tração animal, não subam nos elefantes (eles parecem fortes, mas não nasceram para isso), não assistam a rodeios ou touradas e não tirem animais do seu habitat natural para fotografá-los. Lembrem-se que a vida deles vale mais que uma selfie para o seu Instagram.

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Gisele Rocha

Formada em Comunicação Social pela UFJF. Andou meio mundo tentando descobrir o que queria fazer, até descobrir que queria mesmo era andar pelo mundo.

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